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Mostrando postagens de abril, 2017

Jovens deprimidos e Baleia Azul (mesmo se fake): explicação psicológica.

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O Brasil, muitos adultos, pais e opinião pública, parecem estar se acordando, repentinamente e assustados, diante uma condição existencial viral que marca uma geração moderna de crianças e adolescentes: uma dimensão que desenha uma realidade social dramática e uma dimensão psicologia fragilizada. O estopim é o “jogo" da Baleia Azul (se assim vale pude-lo chamar de "jogo"), onde os participantes são desafiados em provas que mandam a auto mutilar-se até a morte.  Obviamente seria um erro ficar focados sobre o jogo em si mesmo. Ninguém obriga a jogar, assim como ninguém obriga a drogar-se, a correr de carro, a transar promiscuamente sem camisinha e, em geral, assumir comportamentos perigosos e prejudiciais para a saúde e nas consequências.  Então o que leva os nossos jovens, que nossos não são, a desafiar a vida dentro mecanismos de grupo regrados e compartilhados que chamamos de "jogos"?  Leio vários artigos, comentários e opiniões sobre o fenô

QUANDO O AMOR SE ESGOTA … COMO DAR-SE CONTA E O QUE FAZER

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Alguns casais param para refletir sobre a qualidade do mesmo relacionamento, a fim de descobrir se o amor acabou ou está apenas esperando algo para ser re-aquecido. A dúvida surge por várias razões: alguns traíram; outros não desejam mais o outro; tem quem não sente mais nada por o parceiro; quem se sente cansado do vínculo e gostaria de algo novo na vida. Muitas vezes esses casais já percorreram um boa parte da vida juntos: a maioria têm crianças ou adolescentes;  as idades são criticas para os dois (acerca de 40 anos para a mulher, algo mais para o homem), e aí vem uma reconsideração sobre o que foi feito e sobre o que ainda se gostaria realizar e sobre o que jia não pode mais ser feito. É como se o casal tivesse terminado a sua principal missão: criar os filhos; completar um grande projeto (por exemplo, ter uma casa, o emprego desejado, o crescimento pessoal.); a resolução de uma situação difícil (uma doença, problemas financeiros, conflitos familiares) e portanto não ti

Alemanha vs Brasil - Eu, uns dos Outros

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Recentemente visitei alguns países europeus. Mochila nas costas, somente cartão no bolso, sem nenhuma troca de valuta, e fui. Aqui quero descriver algumas praticas de vida, de comportamentos, de serviços e (infra)estruturas que encontrei na Alemanha, na Danimarca e na Suécia para depois chegar a uma reflexão e uma comparação implicita com o Brasil.  Primariamente vamos dizer que me desloquei por todos estes países de avião, de trem e de meios públicos de maniera muito simples, eficiente, clara e barata. A passagem que paguei mais cara foi de 30 euro, ida e volta de avião de Berlim até Copenaghen. Todas as compras das passagens e relativos check in foram feitos simplesmente pelo celular, com leitura eletrônica dos códigos nos aparelhos prepostos e extremamente fáceis a usar espalhados em cada canto nos aeroportos, estações ferroviárias e de ônibus.  Dentro as varias cidades, quando precisou de um meio de transporte alem dos pés, era praticamente um convite pub

Encerrar não é perder

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A vida é um ciclo amplio que se desdobra por entropia de ciclos minores. Tudo começa. Tudo termina. Nada se cria. Nada se destrói. Tudo flui.  A convergência e o colapso dos dois maiores paradigmas econômicos que governam o mundo, ou seja, o paradigma da produção\acumulo e o paradigma da distribuição\competição, que obviamente se tornaram consequentemente paradigmas e modelos políticos, sociais e psicológicos determinaram uma ideia tanto forte e penetrante quanto errada e danosa: Esta ideia diabólica é que “ TERMINAR ” seja equivalente a PERDER . Não é assim. É obvio. As coisas terminam. Naturalmente; fisiologicamente; traumaticamente. Termina a infância; a adolescência; a esperança; o trabalho; as relações; a sexualidade; o vigor do corpo; etc. Isto é necessário para abrir espaço as outras coisas que podem evoluir, quais: a maturidade; a competência; a confiança; a humildade; os arrependimentos; a intimidade; o valor de si; etc.  O problema é que hoje se compra de