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Mostrando postagens de agosto, 2015

Ser (brasileiro) e Tempo (virtual)

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Tem um traço brasileiro que sempre impacta dentro de mim, enquanto discrepante diferença cultural respeito a dimensão europeia, pragmática, calvinista ou judaico-crista que seja, que caracteriza o assim chamado “mundo ocidental”. Esse marco é a relação entre identidade e tempo.  Para os “ocidentais”, filhos de Cristo, o presente [2] é um elo de ligação entre o passado [1] (orçamentos, balanços, memória) e o futuro [3] (objetivo, planejamentos, propósitos). O EU é uma função temporal linear [1-2-3!] entre culpa e expiação; declarações e provas, morte e contínuos novos nascimentos. O Deus cívico é o resultado. O principio fundante a concretude no encerro da sequencia. O campo de atuação e desenvolvimento de identidade é o trabalho/mercado.  Já na cultura oriental o tempo não é sequencial mas cíclico [1-2-3-1-2-3-1…]. O EU, no sentido indivíduo, por isso, não existe. O que existe é uma parte dentro o tudo: um EU-ALEM, função do transcendente. Por isso a forte espiritualidade em c

Ser homem hoje: the mask you live in

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“Não chore”. “Não seja Mulherzinha”. “Seja homem”. “Seja macho”. Quanto é complicado hoje ser homens?  Nesses dias tive a sorte de assistir, de maneira privilegiada, algo que, mais do que um filme, é um verdadeiro movimento, inclusive pelo fato que está sendo produzido por meio de um auto patrocínio, muito em auge o mundo do espetáculo, chamado crowdfunding (ou seja coleta de fundos) e, sendo assim, ainda não está terminado. Estou me referindo a um documentário com titulo em inglês “the mask you live in”, ou seja “a mascara em que você vive dentro”. De fato se trata de uma reflexão sobre como es tamos prejudicando de um ponto de vista educativo e evolutivo os nossos filhos homens.  O ponto de partida é um perspectiva para avaliar como as expectativas culturais, e a consequente desigualdade entre os genros, afeta e pesa sobre a evolução dos homens nessa fase da contemporaneidade global.  O que acontece quando os modelos educativos baseados sobre ideias de genro ainda não

A chantagem dos pais

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Duas premissas: o vínculo emocional entre pais e filhos é o amor primitivo, constitui para todos a principal forma de amor e se torna a matriz de todas as experiências sentimentais futuras. E o amor parental e filial tem característica única na vida de cada ser humano, que vem realizando-se entre indivíduos que não se escolheram um ao outro: os pais (quase sempre) decidem conceber, e, inevitavelmente, colam no filho alguns ideais e muitas expectativas; os filhos, no entanto, nascem e ponto: de fato eles não escolheram e muitas crianças levam uma vida inteira para aceitar seus pais para o que eles são. Ao mesmo tempo, as competências parentais que pressupõem a capacidade de amar incondicionalmente uma criança, para fornecer o cuidado, proteção e carinho necessário para criar um adulto saudável e autônomo, não são propriedades genéticas, mas o resultado de equilíbrio e conscientização dos pais. Como todos os estereótipos sociais, é generalizada uma representação que os pais

Vir ao mundo não é suficiente para nascer (a relação com os pais)

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Aprendi que não é suficiente vir ao mundo para nascer.  Se nasce quando se encontra o próprio EU. Se evolui quando se aprende a morrer e renascer continuamente. Princípio que vale desde o começo. A partir da relação com os pais. Porque a relação afetiva e o vínculo emocional entre pais e filhos constituem o amor primário. As experiências sentimentais sucessivas, de fato, reproporão esse esquema matriz. O problema é que, frequentemente, já se começa com o passo errado. Muitos filhos vêm, desde o nascimento, cobrados por uma chantagem afetiva e/ou, desde já, usados como banco genético para salvar a própria imagem ou casamento. Isso se enraíza logo sem nem dar-se conta. Quantos filhos aceitam o conceito de: “eu te botei no mundo, então… tu me deves respeito, obediência, etc. Eu mando”. Nada de mais errado. O sentimento mais importante que uma criança tem que desenvolver é a autoconfiança, a qual tem a sua base na aprovação dos pais. O que ocorre somente quando ent

A Maçonaria Parla com ... (Deny)

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Semana importante para a Maçonaria local. Na segunda-feira (3) o programa Parla com Deny, que irá ao ar às 20h pela Rádio 103 FM, abordando “mistérios e segredos” que envolvem a Maçonaria. Estarei conversando com os maçons Renato Poletto, Sandro Valmorbida e Ayrton Favero, procurando aprofundar a compreensão sobre essa Instituição.  Também será proporcionada a palestra com ingresso livre, intitulada “O que você tem a ver com a corrupção?”, que acontecerá no dia 07/08/15, as 19:30 horas no CTG Porteira Aberta, sendo palestrante o Promotor de Justiça Dr. Pablo Sinhori. Bem, no aguardo dos dois eventos, o que um profano como eu poderia inferir sobre a Maçonaria, partindo de leituras sobre o assunto? Como desenredar-se entre lendas e teorias de conspirações, mitos, fatos históricos e interpretações simbólicas, significantes, sinais, ocultismo e mídia? Como entre Zeitgeist, filosofia, ontologia, história, economia, poder e política? Quais as origens? As finalidades?  Prim