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Mostrando postagens de outubro, 2015

COMO TU PODES TER FALTA DE ALGO QUE NUNCA TEVE? -História de um diálogo em transição.

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O Brasil está vivendo uma fase de transição cultural. Significa que os velhos modelos não funcionam mais; para uma boa parte da população esses padrões não são mais atuais e nem sequer reconhecidos como certos. Porem tem inércias e resistências que ainda fazem que estejam perpetrados. Inclusive porque ainda não se consolidaram, e as vezes nem criaram, modelos substitutivos novos. Essa fase da mudança, onde o velho não funciona mais e o novo demora para tomar conta, é geralmente muito perturbadora e sofrida, seja de um ponto de vista social que psicológico: intimo. A maior razão em culturas coletivas onde as pessoas não estão acostumadas a ficar sozinhas, no vazio ou conceber-se como protagonistas ativas de si mesmas e dos próprios contextos, demandando o próprio destino (presente e futuro) aos pais, ao estado ou a Deus.  Essa não é teoria. Essa fase fase de transição brota na pele das pessoas, e as vezes a rasga, todos os dias e em vários campos.  Vou fazer um exemplo. Imagine

SER FERRADO

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O Brasil é, e sempre será, uma bolha de um ponto de vista do desenvolvimento económico democrático. A razão é simples: a gerência da riqueza do Pais pertence a uma oligarquia de poderes que a administram como sendo própria, alavancando uma atitude e uma característica do brasileiro que, estrategicamente e politicamente, cuidam que seja continuamente preservadas.  Esse marco cultural geral é: o talento em ser ferrado. O costume/resignação do “Fazer o que?” Veja só.  Para ganhar mais, aproveitando das barreiras comerciais fechadas por meio de impostos e burocracias absurdas, ou seja do apoio politico em ficar fora do livre mercado, os produtores industriais podem permitir-se de colocar no mercado produtos de qualidade baixa, cobrando muito. Sólidos de lógicas monopolistas, podem economizar ao máximo a respeito de matérias primas, ingredientes básicos, etc.; podem explorar a mão de obra que aqui no Brasil é mais barata do que na China. Podem vender qualquer coisa; podem ven

Eu sou um fracassado

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Gosto fazer uma pergunta às pessoas: “Qual é seu sonho?” Semana passada, todos os adolescentes para os quais perguntei me deram a mesma resposta: “Quero ser milionário; quero ser muito rico”. Quero dizer: adolescentes!!! E aí, a geral atenção que reservo ao mundo, virou preocupação. Grande.  Nesse Brasil atual, o Brasil do “eu quero sempre mais”; um Brasil vigoréxico onde “todos sabem tudo” e tem sempre “algo para ensinar”; nesse Brasil onde se estuda na ilusão que um diploma seja uma precondição de riqueza; nesse Brasil onde corpo e dinheiro têm conotações morais, enobrecendo até mesmo se de plástica ou roubado, e o carro é o templo do ego social; onde o relacionamento é um dispositivo contra a solidão ou contingência hormonal e os filhos propriedade; nesse Brasil que funciona por comparações, desembrulhando-se entre honra e vergonha; nesse Brasil oligárquico, não de todos, mas de muitos, a pergunta vem espontânea:  “O que é o sucesso? O que o fracasso?”. E, acima de tudo,

O que é o Amor? - O equilibrio do Amor: amar, ser amados e ficar juntos

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O que é o Amor?  Muitos, mais capacitados, mais sensíveis, mais corajosos do que eu, já se dedicaram para responder essa pergunta: poetas, filósofos, artistas, amásios ou simples loucos, como todos somos perante ao amor, já tentaram. Porem, ninguém, nem sequer esses ilustres, podem medir ou prender em palavras a essência de um coração que ama. Sempre, ou quase, encontramos na nossa vida, uma pessoa, ou mais do que uma, que desperta em nós um novo estado nascente: uma disponibilidade a sentir, entender, enxergar o próprio mundo ao redor, e si mesmos, de maneira diferente, nova, melhor talvez, graças a um jogo de espelhos que a “pessoa amada” provoca em nós com uma força sentimental perturbadora tão intensa e radical que não se pode conter e nem sequer aclarar.  Quando se ama, simplesmente, se quer bem; totalmente e incondicionalmente. A outra pessoa desencadeia, abre e gera em nós traços, sentimentos e emoções que vão além de nós: algo novo, total, potencial, transcendente.