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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Eleições 2014: como é que não vai ganhar assim?

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Premissas: a) a questão é Moldo complexa. Por isso a abordarei de uma forma simples, b) Sou um observador político mas não um partidário. Tenho interesse por pessoas e sociedade: as suas história, desenvolvimento, saúde e destino. Meus raciocínios, portanto, não têm nenhuma finalidade, exceto compreender. Daí a coluna de hoje, que nasce de uma boa conversa entre amigos no churrasco de fim de semana passado em que, com minha grande surpresa, era o único a sustentar uma tese para mim evidente e que hoje reproponho, preto no branco, para futura memória, ou seja: eu acho que a Dilma vai ganhar as próximas eleições, e como que não? Para argumentar esta previsão poderia recorrer a vários raciocínios: político, econômico, sociais, estatísticos e até mesmo histórico. Alguns exemplos? a) as projeções Ibope indicam ela vencedora ainda ao primeiro turno com uma quota de 43 e 47% e os dados de popularidade a colocam entre os presidentes mais populares do mundo (mas não entre os mais ama

A educação do(s) pais

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Apesar da globalização que, disponibilizando os mesmos produtos e criando as mesmas ilusões de necessidades e desejos, faz parecer tudo o mundo igual o Brasil, e sobretudo a nossa região, me parece ter características culturais tão únicas que seria um absurdo mesmo pensar em termos de diferenças. Por cultura entendemos o sistema de valores, recursos e limites em que as pessoas se reconhecem e identificam e que, dependendo do contexto, se traduz em regras e linguagens de comportamento, implícitas e explícitas, da maneira de viver o próprio mundo. Coisas concretas que por exemplo vão de como se faz a fila a como se cumprem os acordos; de como se joga o lixo a como se usam os médicos/remédios até o relacionamento com os filhos. Sim, porque a mais poderosa janela para olhar dentro de uma cultura, é bem a educação, seja do indivíduo (em geral o modo como as pessoas se comportam em situações diferentes) seja do sistema (infraestruturas educativas e formativas). Bem, estando assim,

"Boom pra todos" ... desde que ...

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Aposto que a maioria dos senhores leitores está em uma condição socioeconômica melhor do que o de seus pais/avós. Mas eles mesmos eram grandes trabalhadores. Então como explica-se este sucesso? No final da década de 90, tendo em vista a crise dos mercados ocidentais, a grande financia internacional necessitava criar-se um novo mercado diferencial, útil e alternativo. Foi assim plantado no Brasil, em razão de algumas suas características peculiares um modelo de desenvolvimento estratégico já bem conhecido. O objetivo: criar riqueza em curto prazo e resgata-la em longo. Como? Com a política de austeridade do Cardoso se deu a estabilidade necessária, porem entregando de fato o Brasil nas mãos do FMI. Com Lula, a política de incentivos e auxílios jogou a liquidez necessária para movimentar os mercados e assim criar uma vasta nova classe média, favorecendo a passagem da agricultura a microempresa. O Estado, até aqui central, começou a privatizar, mesmo permanecendo acionista atravé

A Solidão

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Este artigo é inspirado pela recente divulgação de uma pesquisa da Universidade de Chicago que me deixa perplexo, no mínimo. O estudo foi publicado na edição de dezembro do Journal of Personality and Social Psychology. "As pessoas nas margens têm poucos amigos, e isolamento delas leva a perder os poucos laços restantes ", diz o pesquisador. "Estes efeitos de reforço significam que nosso tecido social, lata briga nas bordas." A tese básica da pesquisa diz que aqueles que se sentem sozinhos no final vem colocado às margens da mesma comunidade, legitimando assim o seu sentimento de solidão em um círculo vicioso sem solução (é bem guardando desta prospetiva que podemos e devemos perceber a importância dos serviços municipais territoriais, tais como os agentes de saúde, que trabalham para garantir que as pessoas não se “perdem” em uma fuga de isolamento ou em uma doença, caindo fora do sistema, que, como vimos, não tem misericórdia, quando tem que defender si mesmo