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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Tem coisas que tem que serem ditas aos nossos filhos

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Tem coisas que tem que ser ditas aos nossos filhos.   Como, por exemplo, que o fracasso é uma grande possibilidade. Cai-se, mais vezes, e levanta-se, as vezes. Disto se aprende. Não de outras coisas.  Teremos que dizer aos filhos homens que se choram não são menininhas. As filhas que podem jogar com pelejas e caretas sem por isso serem menininhos.  Teremos que dizer que o tedio é tempo bom para si mesmos. Que existem pensamentos ruins e assustadores, mas que não tem que preocupar-se.  Teremos que dizer que se pode morrer, mas que existe a magia.  Teremos que dizer que o dia do casamento não é o mais importante, lindo ou o auge da vida. Que existem dias “sim” e dias “não”, mas que tem todos o mesmo valor.  Que é preciso saber e conseguir ficar.   E que a dor se supera.  Aos nossos filhos homens teremos que dizer que não são príncipes azuis e que não tem que salvar ninguém. As filhas mulheres que ninguém salva elas, a não ser elas mesmas. Porque se não,

A LEI DA DOR DO DESPERDICIO - A dor de perder algo que nunca se teve

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É importante parar para refletir sobre as nossas emoções; sobre os nossos sentimentos; e sobre como, de alguma maneira, as vezes parecem algo cujo nós somos os patrões e que nós produzimos enquanto fazem parte de nós, e outras vezes que parecem nós dominar: que são eles, emoções e sentimentos, a nós dominar porque prendem-nos sem que pudéssemos ter controle nenhum, sendo nós parte ou peças deles.  Hoje queria refletir sobre a dor. Se formos pensar, a dor é algo que caracteriza, que marca, a nossa vida desde o começo. Nós nascemos no mundo com dor. As nossas mães colocam-nos no mundo com dor. Pelo menos quando isto acontece de maneira natural, ou seja por meio do parto. Portanto é o mesmo ato de nascer que encaminha-nos a entender quando a dor seja importante para viver; quanto é fundamental para nós permitir e ajudar a reconhecer e sentir o que é que a vida e, consequentemente, a desenvolver estratégias, recursos e soluções para superar as várias e inevitáveis dificuldades e d

Filhos ansiosos (por)que não podem e não sabem errar

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Filhos, crianças e/ou pré e adolescentes, ansiosos? Que parecem dar extrema importância a aparência e a imagem social? Que ficam horas infernizando os pais a respeito de que roupa colocar para sair com o/a namoradinho/a? Que se escondem dos colegas e amiguinhos se encontrados por acaso em lugares públicos quando eles mesmos não estiverem perfeitamente arrumados? Que surtam em crises de pânico, de sono, de choro, de raiva ou de tristeza quando tem que enfrentar uma prova, encarar um desafio, fazer algo novo, cujo eventual êxito negativo possa colocar em risco e em dúvida a imagem de perfeição deles que precisam manter aos olhos dos outros e mentir para si mesmos?  Vamos começar de uma consideração geral: a construção internalizada de parâmetros que indicam o que é que bom (e o que precisa alcançar para serem à altura, perfeitos ou melhores) e/ou o que é que é ruim (inaceitável: pena o fracasso, o julgamento ou a rejeição) é um processo natural e inevitável e serve para que a