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Mostrando postagens de maio, 2014

O Haiti (não) está aqui

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O Brasil ainda tem no seu DNA histórico cultural marcas de colonização, escravidão, ditadura. Então, sem hipocrisias, como ler o fenômeno complexo dos “haitianos” que desde o 2010 estão chegando no pais e de janeiro em SMO? Quem são os haitianos que moram aqui? Qual é a historia deles? Como chegaram? Como vivem? O que querem? Como foram recebidos? Que relação tem com os outros? Com as mulheres? Com as instituições e o trabalho? Qual é a situação jurídica, sanitária e financeira deles? Que ajudas e que dificuldades estão encontrando? Estão tirando trabalho aos brasileiros ou suprindo a uma escassez de mão de obra? Pegam as coisas “da gente” ou permitem ao mercado imobiliário de não travar a produção e ao financeiro de afastar a inflação? Sendo que acredito fortemente no valor do conhecimento e da comunicação e pouco gosto de preconceitos e fofocas, para responder ás todas essas perguntas, fui nas casas onde moram para conversar diretamente com eles e tirar essas duvidas.  Acomp

Peperi-Iguçú: apenas uma ponte?

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Após ter lido as 45 paginas do projeto do corredor ferroviário de integração bi-oceânico de Darci Zanotelli que vislumbra o anseio de uma interconexão ferroviária Brasil/Argentina/Chile como eixo de um corredor multimodal de integração do Mercosul, dá para entender como atrás de toda a grande mobilização de instituições, políticos, empresários, etc., desses dias, para a finalização do ponte internacional Peperi-Iguaçú, existe uma ambição filha de uma visão empresarial, politica, social e cultural mastodôntica.  O projeto, em si mesmo, propõe um sistema de transporte multimodal integrado, cujo resultado final será um eixo ferrovial de caminho métrico em toda a sua extensão. Este eixo quer promover uma interconexão entre os Oceanos Atlântico e Pacífico num sentido Leste-Oeste, aproximando em uma mesma latitude, desde os portos do Litoral Sul Atlântico do Brasil, com ramal existente até São Paulo, até o Porto de Mejillones do Sul, no território Norte do Chile, atravessando provínci

Espelho espelho meu ... quem é mais brasileiro do que eu?

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E espelho foi. Na semana passada a palestra, aberta ao publico, da Cdl de SMO “Espelho espelho meu, quem é mais mulher do que eu?”, ministrada pelo escrevente, reuniu mais do que 400 mulheres. Do ponto de vista dos conteúdos, a palestra explicou a razão profunda (social, politica, antropológica e psicológica) de alguns comportamentos gerais e locais que caracterizam as mulheres e a sociedade de hoje. Explicou comportamentos típicos daqui: como a tendência, nas várias casas, em dividir-se em homens de um lado (falando principalmente de futebol e negócios) e mulheres de outro (falando principalmente de casa e filhos mesmo quanto tem trabalhos, cargos e/ou salários superiores aos maridos). Explicou a causa de muitas contradições: do ciúme, mesmo sem amor, que chega a níveis patológicos; do porque os homens preferem se endividar para um carro mais do que investir nas luminárias de casa; explicou por que se protegem uns com os outros quando traem, mas se tornam ferozes quando a mulher

A copa das copas

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A Copa do Mundo 2014 vista de um ponto de vista interno não aparece certamente sem sombras.  Até agora foram investidos 40,5 bilhões de reais para a construção de aeroportos, estádios e reforçar o transporte. Assim, esta Copa do Mundo já é a mais cara da história. O governo de Dilma Rousseff tem grandes esperanças nessa Copa porque recebeu promessa de um crescimento econômico garantido e a criação de novos postos de trabalho, cerca de 700 mil, e um aumento do PIB de 0,26 %, ou R$ 9 bilhões. Pena que o investimento inicial foi sustentado apenas pelo mesmo governo. Os privados aprenderam bem a lição a partir da experiência da Copa na África do Sul em 2010 e desta vez investiram muito pouco. Aí as obras dos estádios e de outras construções foram financiadas por patrocinadores privados, que perderam dinheiro dos investimentos porque depois de o evento as construções não conseguiram ser utilizadas. Grandes demais para ser rentáveis. Assim, o 99 % dos custos da organização