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Mostrando postagens de setembro, 2015

O sucidio da Europa - migrantes e moedas

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Todos os que olham para o mundo como uma casa global, além do próprio pomar, com certeza estarão nesses dias atónitos perante as continuas crônicas e imagens chocantes de migrantes abarrotadas nas fronteiras europeias e rejeitados com violência entre arame farpado e indiferença. Sobre esse fenômeno já escutei, na região, inúmeras opiniões: a maioria baseadas sobre leituras superficiais ou utópicas ou emoções como o medo ou a culpa.  Mas o Xisse da questão vai muito alem disso enquanto, de fato, está sendo a fenda que vislumbra e formaliza a crise da constituição europeia e o fracasso do seu projeto. O ponto central do que partir para entender a questão é que fundamentalmente a União Europeia, mais do que um acordo comercial (Shengen), é substancialmente um Estado de Direito fundado sobre uma convergência comum de princípios, direitos e deveres. E perante os milhares de prófugos em fuga das guerras, a política comum está se fragmentando por posições nacionalistas subversivas. O que

As origens do Mal (do Brasil) - Parte 2

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Na ultima coluna ZF (no Líder do 12/09 e no blog) propusemos algumas hipóteses explicativas sobre as origens de alguns marcos culturais “negativos” do Brasil.  Cada Pais, cada povo, no mundo, tem as suas características negativas, que juntas as positivas, vem amplificadas e fixadas em estereótipos culturais: os italianos (“ tutta brava gente ”), são mafiosos e corruptos, os franceses chauvinistas e arrogantes, os ingleses sisudos e frios, os alemães soberbos e rígidos, os africanos violentos e instituais, os russos agressivos e cínicos, etc.  Dos brasileiros identificamos: corrupção, jeitinho, dês-comprometimento com o trabalho, paternalismo, egoísmo, preguiça, tendência à enganação, materialismo, etc. São marcos culturais. Genéricos. Ninguém se ofenda. Cada um tem a possibilidade de não sê-lo.   Mas o ponto é: por quê esses marcos? De onde vem? Quais as origens?  Três fatores como hipótese. Na primeira parte desse artigo desenvolvi o primeiro; o atrás da corrupção, da fal

As Origens do mal (do Brasil)

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Do que a gente reclama de si mesma? Quais as atitudes no alvo das idiossincrasias dos brasileiros a respeito dos “outros” (si)-mesmos brasileiros? Corrupção, jeitinho, dês-comprometimento com o trabalho e com as consequências das próprias ações e, correlacionadamente, paternalismo, individualismo egoísta, preguiça, tendência à enganação, materialismo, etc.  É isso? Essas, mais ou menos, são as características com as quais, ao lado das obvias, positivas, marcamos negativamente o estereótipo cultural do brasileiro, aos seus mesmos olhos e do mundo.  Mas por que essas características? De onde vêm?  No meu programa de rádio “Parla con Deny”, no ar e no site da 103 FM, costumamos abordar esses temas sociais e questões que tem a ver com as realidades diárias dos comportamentos e das crônicas locais e nacionais. Basicamente vem dialogada uma reflexão sobre si mesmos e as próprias estruturas e subestruturas culturais.  Bom, um “refrão” que surge constantemente na mesa para expli

Tornar-se homem hoje: desafios e soluções

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“Não chore”. “Não seja Mulherzinha”. “Seja homem”. “Seja macho”. Quanto é complicado hoje ser homens?  Nesses dias tive a sorte de assistir, de maneira privilegiada, algo que, mais do que um filme, é um verdadeiro movimento, inclusive pelo fato que está sendo produzido por meio de um auto patrocínio, muito em auge o mundo do espetáculo, chamado crowdfunding (ou seja coleta de fundos) e, sendo assim, ainda não está terminado. Estou me referindo a um documentário com titulo em inglês “the mask you live in”, ou seja “a mascara em que você vive dentro”. De fato se trata de uma reflexão sobre como estamos prejudicando de um ponto de vista educativo e evolutivo os nossos filhos homens.  O ponto de partida é um perspectiva para avaliar como as expectativas culturais, e a consequente desigualdade entre os genros, afeta e pesa sobre a evolução dos homens nessa fase da contemporaneidade global.  O que acontece quando os modelos educativos baseados sobre ideias de genro ainda não e