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Mostrando postagens de novembro, 2015

Cultura do estupro e silencio (Parliamo)

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O estupro e o assassinato da mulher são as formas extremas de sexismo e, apesar da Constituição, das leis, da Maria da Penha e dos valores alardeados da democracia, incarnam uma profunda, enraizada, cultura patriarcal que ainda resiste em reconhecer a mulher como uma pessoa.  A mulher ainda permanece nos neurônios culturais da maioria, incluindo infelizmente as mesmas mulheres, como uma função sexual e procriadora: é o corpo do prazer, do cuidado e da continuidade da espécie e do patrimonio.  De fato seja o cristianismo que o direito de família regulamentam isso. E os dois baseiam os seus arquitraves epistêmicos sobre a ideia da mulher enquanto ser sub-humano, frágil, a ser tutelado e defendido dos impulsos ruins.  A família, nesse sentido, alem de um dispositivo de garantia de transmissão da propriedade seria, também, um lugar/dispositivo de proteção para a mulher.  Mas a evidencia das crónicas diárias demostram que não é assim não. A mulher, encaixada em mecanismos de amor e

A vida a suma zero. Parte 1. A economia

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Na “teoria dos jogos” e na “teoria economica”, um jogo de soma zero se refere a jogos em que o ganho de um jogador representa necessariamente uma perda para o outro jogador.  Tem uma pesquisa da organização Oxfam International que avaliou o seguinte: um seleto grupo de apenas 85 pessoas concentraria a mesma riqueza que os 3,5 bilhões mais pobres do planeta. A fortuna desses ricos seria de US$ 1,7 trilhão. Os 1% mais ricos do mundo concentrariam a metade da riqueza global. Para a Oxfam, dedicada ao combate à pobreza, o alto nível de desigualdade está relacionado à concentração de poder, que garante mais oportunidades aos mais favorecidos. A entidade cita pesquisas realizadas em seis países, inclusive o Brasil, que mostram que a maioria das pessoas acredita que as leis são distorcidas em favor dos mais ricos. Segundo o estudo, paraísos fiscais, práticas anticómpetiíivas e baixo investimento em serviços públicos estão entre os fatores que dificultaram uma melhor distribuição de o

Velhos mitos e desculpas

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Um meu velho professor inglês costumava me contar das experiências de guerra dele e do patriotismo de toda uma nação. "Éramos nós, sozinhos", ele me contava com fervor. "Somente nossa ilha contra o poder de Hitler." Sem nenhuma dúvida, trata-se de um momento glorioso. Mas há ressalvas. Primeiro, a frase "era a gente sozinha” esquece que, na época, essa "ilha" (o Reino Unido) ainda era dona de um império. E os milhões de súditos indianos? Também não é um momento que se pode tomar como representativo da política externa do país, pelo menos nos tempos de império. Foram séculos de conquistas e roubos. O verão de 1940, então, fornece uma base frágil para se construir um senso de patriotismo. Mas é típico das histórias que as nações contam sobre si próprias. E, às vezes, o mito acaba valendo mais do que a verdade. No Brasil, por exemplo, tem um mito que é contado todos os dias, e aceito como se fosse a verdade mais pura e incontestável. Imposs

Luta ao cancer- tenis do bem para ganhar contra a vergonha

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Tem algo ainda por do que sofrer: por uma doença, uma traição, um abuso, um luto ou qualquer perturbação evolutiva ou traumática que seja.  Pior do que sofrer, são o medo e a vergonha de sofrer.  Quantas pessoas atingidas por esses sofrimentos acabam fechando-se, evitando relações sociais, fugindo do expor-se, do pedir ajuda, de informar-se para tomar providencia, auto-excluindo-se da sociedade e caindo presos no silencio de si mesmos? Quantos? E quantos familiares? Fugas na e da vergonha por meio de processos de negação ou entorpecimento produzem mais danos e prejuízos do que soluções. Obviamente. E sem subestimar o forte valor etipoatogenico (ou seja em desencadear doenças como causa determinante o correlacionada) que  vergonha, o silencio e o medo tem nas doenças psicossomáticas. E entre essas, a cima de tudo, podemos tranquilamente considerar o câncer.  O câncer é um problema de saúde pública mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a A União Internacional de Co

Rock n’ camarata, Smo e Eleições Municipais.

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Nessa semana, a Camerata Florianópolis, orquestra fundada pelo maestro Jeferson Della Rocca no 1994 e hoje um dos maiores grupos de referencia de género em SC e no Pais todo, (tanto é que chegou tocar com Steve Vai no Rock em Rio) prestigiou SMO com o seu show Rock N’ Camerata: uma fusion entre musica rock e orquestral. Sem duvidas um grande presente para nós e um show de reconhecido sucesso.  Agora, sendo que que acho importante começar a dialogar a partir de posições bem definidas, ou seja brancas ou pretas, sem as cores de cinzas populistas que deixam cada um entender o que quiser para alcançar aquela ilusão de interesseira ou confortante concordancia; posições claras porem não rígidas, recensearei alguns PRO e CONTRA que esse evento, enquanto espectador participante, me transmitiu e deixou:  PRO : A participação do publico. Aberta e madura. Não apenas muito numerosa mas até mesmo competente, ou seja não apenas atrás de novidades como souvenires de modernidade ou cativado c