Rock n’ camarata, Smo e Eleições Municipais.

Nessa semana, a Camerata Florianópolis, orquestra fundada pelo maestro Jeferson Della Rocca no 1994 e hoje um dos maiores grupos de referencia de género em SC e no Pais todo, (tanto é que chegou tocar com Steve Vai no Rock em Rio) prestigiou SMO com o seu show Rock N’ Camerata: uma fusion entre musica rock e orquestral. Sem duvidas um grande presente para nós e um show de reconhecido sucesso. 
Agora, sendo que que acho importante começar a dialogar a partir de posições bem definidas, ou seja brancas ou pretas, sem as cores de cinzas populistas que deixam cada um entender o que quiser para alcançar aquela ilusão de interesseira ou confortante concordancia; posições claras porem não rígidas, recensearei alguns PRO e CONTRA que esse evento, enquanto espectador participante, me transmitiu e deixou: 

PRO: A participação do publico. Aberta e madura. Não apenas muito numerosa mas até mesmo competente, ou seja não apenas atrás de novidades como souvenires de modernidade ou cativado como abelhas pelo mel, mas até mesmo com atitude de consumidor preparado. Publico que foi lá não tanto para presenciar, mostrar-se ou declarar que esteve lá, padrão que talvez finalmente esteja-se superando, mas até mesmo para curtir para si mesmos; como demostra o fato que, proporcionalmente, pouquíssimas pessoas entre as centenas presentes, ficaram lá assistindo por meio de celulares, pu seja gravando e compartilhando mais do que vivendo o momento. Quem foi lá foi para curtir mesmo. 

CONTRA: deu para entender que não foi SMO a planejar essa proposta. Caiu na mesa que nem um fruto maduro do arvore, provavelmente como presente da banda mesma ou de alguém por trás que quis otimizar o show marcado em Chapecó com maior prosélito. Mais uma vez SMO, em termos políticos, monstra a sua alma fechada, encistada por dentro na gestão dos seus esquemas, e cega aos planejamentos que busquem ativamente integrações por aberturas e inovações de fora, seja que sejam empresas, professores ou propostas culturais. Porem SMO se confirma muito experta em não perder as oportunidades. Esse presente chegou de for, não foi buscado de dentro: e foi um sucesso. 

PRO: Os parabéns ao secretario da Cultura Elias Arujo que, conforme a declaração da banda, “fez o que pode” com o pouco tempo a disposição, sendo tudo muito tipicamente “em cima do hora”. Mas fez. E o show saiu. Não sei se, como declarou o secretario, a região é essencialmente acolhedora mas como certeza não deixa passar em vão o que pode trazer interesse. Outro parabéns ao secretario é ter pulado o protocolo da saudação as autoridades, que francamente todas as vezes me deixa aquela sensação de velho regime militar pseudo populista ou comunista que acho ao mesmo tempo tão superado, ofensivo e desnecessário para todos os momentos cívicos e, inclusive, para a maioria dos institucionais. Eu teria me sentido envergonhado se teriam deixado esperar publico e orquestra para citar o Parla com Deny, não é? Um provincialismo que merece ser superado. 

CONTRA: e falando de provincialismo e vergonha, o que dizer do fato que o show parou após ter começado para deixar acomodar 15 pessoas que atrasaram bem pouco depois que a porta voz da banda acabou de falar que em Chapecó estiveram 1300 pessoas e 300 ficaram fora? Pena. Perante uma banda que viaja o mundo propondo a sua arte, perdemos a oportunidade de nós mostrarmos a altura. Essa lógica, absorvida e perpetrada pela política, de agradar cada pessoa, a maior razão se importante, em detrimento do certo, do serviço, do cívico e de todos, é um câncer  mental a evolução de um sentimento cívico justo e eficaz. Resumindo: para não descontentar ninguém se sacrifica a satisfação do geral e a eficaz da oferta. E que seja claro, entre os últimos que se acomodaram tem muitos meus conhecidos e uma  caríssima amiga. E eu vou falar com ela na cara que se eu estivesse sido no seu lugar, atrasado e/ou descumpridor dos termos, teria recusado a proposta de entrar, tendo uma vantagem pessoal, passando por cima de quem respeitou as regras e atrapalhando o evento. Com certeza não foi ela que pediu mas foi proposto para ela, sendo que é uma autoridade. Porém gritar o certo, reclamar contra tudo e todos, e depois ficar em silencio perante o amigo, com certeza, não leva a sociedade, os serviços, as organizações e a política a melhorar. Me parece lógico, quem atrasa, fica fora. Quem marca e não se apresenta, paga. Quem busca um serviço, respeita a fila. Quem quer passar um exame, estuda. Quem não quer engordar, não come tanto. Etc. etc. Assumir as consequências das próprias ações, sem jeitinhos e/ou vantagens por amizades particulares. Me parece tão simples. 


Finalizando: o publico de ontem me pareceu competente e pronto para o show e para pretender shows de níveis sempre superiores. Agora está na hora de transpor esse preparo, sem provincialismos e jeitinhos, a política: já a partir das próximas eleições. 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mudita - O princípio da felicidade

Pilotos cegos ao governo e...protestos

Crianças Mal Educadas (como rechonece-las) e Sentimento Civico