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Mostrando postagens de junho, 2014

O jogo dos sentimentos

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Quando a Itália saiu da copa, além de achar que, tendo perdido dois jogos sobre três, a eliminação foi merecida, senti junta á tristeza e decepção naturais, uma quota de alegria para a felicidade dos outros, os uruguaios neste caso. No esporte, assim como na vida, de fato, o nosso sentimento é interdependente e complementar ao dos outros. Os sentimentos são algo diferente das emoções e dos impulsos mais primitivos.  A emoção é uma experiência pessoal, baseada sobre a sensação; é algo básico, individual: raiva, prazer, desconforto. O sentimento, diferentemente, é uma evolução da emoção por meio da ação do pensamento; algo que tem a ver com os outros: a compaixão, o reconhecimento, a gratidão, o amor. Portanto, ser capaz de ter sentimentos não é algo herdado, que se transmite geneticamente, mas é aprendido através da capacidade de reconhecer as emoções e orienta-las cognitivamente, o que ocorre nos primeiros três anos de vida. Quem tem o dever de ensinar, portanto, a compe

Fred: o embaixador do Brasil

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(Me) parece que o governo está usando essa copa do mundo como cartão da visita e/ou de credito, para um complexo jogo político que tem como clímax, no cenário interno, as eleições e, naquele externo, a credibilidade internacional e a tanto desejada cadeira permanente no conselho de segurança da ONU.  Muitas pessoas acreditam que o sucesso ou não desses alvos vão depender do resultado da seleção no campo, em uma simplista equação: se a seleção ganha, a Dilma ganha.  Disso eu duvido. Mas se a “imprevisibilidade” do povo brasileiro em questões internas é algo tanto ilógico quanto histórico (é só lembrar a eleição do Fernando Collor), o que conta aos olhos do mundo para atribuir credibilidade (e maturidade) ao Brasil vai bem alem do que acontece na quadra, apesar que o jeitinho do Fred na área possa selar definitivamente a (precária) credibilidade de um pais como já aconteceu para a Argentina (lembro que após a “mão de deus” de Maradona no 1986, a Argentina caiu em um caos sóc

Historia e historias dos haitianos de smo: casa rosa vs casa branca (confronto)

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A historia de migração do Brasil é bem atípica. De um lado sempre foi um pais onde os mesmos brasileiros saiam para outros países em busca de um "sucesso" maior, ou seja, tendencialmente, brasileiros já bem estantes em busca de realização mais do que brasileiros "desesperados" em busca de uma vida digna. Isso, talvez, por que os extremamente desprovidos, os indigentes e os malandros, de qualquer maneira, podem ter no Brasil uma “vida boa” que, sem trabalhar, em nenhum outro pais do mundo achariam. O gigante, de fato, é o pais das “belezas vigorosas”, dos “presentes abundantes”  e  das “oportunidades expertas”. Sempre se acha um jeito para virar a pior espectro em um convidado á festa. De outro lado sempre foi um pais onde necessitastes, carentes, fugitivos e criminosos entraram em busca de esperança, abrigo e esconderijo. De fato, em uma terra infinita, sem estado e infra-estruturas, se pode fazer qualquer coisa sem cair na obrigação de responder da

Os haitianos parlam com o Deny - "Casa Rosa"

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A historia de migração do Brasil é bem atípica. De um lado sempre foi um pais onde os mesmos brasileiros saiam para outros países em busca de um "sucesso" maior, ou seja, tendencialmente, brasileiros já bem estantes em busca de realização e não brasileiros "desesperados" em busca de uma vida digna; de outro lado sempre foi um pais onde necessitantes, carentes, fugitivos e criminosos entraram em busca de esperança, abrigo e esconderijo. O fenômeno dos haitianos, assim, é algo de extraordinário, algo de completamente novo, para o que o Brasil ainda não tem definição, habito e, talvez, preparo. Não é simplesmente um fenômeno migratório baseado sobre uma economia com características que o Brasil nunca teve mas também vislumbra e envolve uma complexa questão politica interna e externa. Mas enfim, tudo isso não tem que induzir nos a esquecer que mesmos as complexidades caminham sempre nas pernas de pessoas em carne e ossas. Então vamos começar a conhecer essas