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Mostrando postagens de outubro, 2014

Qual presidente? Qual futuro para o Brasil?

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P rometi para mim mesmo que nunca teria escrito diretamente de política. Por duas razões:  a primeira é que a política de governance brasileira, em geral, em todos os níveis, é de baixíssimo calibre. Falta cabeça. Falta capacidade, vontade e interesse ao planejamento de políticas de médio-longo prazo finalizadas ao bem do Brasil enquanto nação. E sem cabeça, a confusão e o dia a dia dominam. Isso é evidente, por exemplo, em um nível de governos federais, da instabilidade do modelo de política econômica post ditadura dos últimos 25 anos, com as suas alternâncias entre modelos de economia de Estado, privatizações com participações minoritárias, reversões extremas, leilões, ambições de desenvolvimento do mercado interno absurdamente contraditórias bem como entregar-se ao FMI e ao mesmo tempo fechar-se com medidas antiliberal ou mesmo pretender dominar o cenário internacional querendo contrapor-se ao dólar direcionando o BRICS;  ou da mesma forma, em um nível de governos munici

O Jantar dos ansiosos

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O Brasil tem fama mundial de ser o País da alegria, da capacidade de ser feliz. Talvez essa tenha realmente sido uma realidade brasileira, isto na época em que o desafio era sobreviver e não crescer. Porém é evidente como, atualmente, a nossa região seja devastada por problemas de ansiedade, depressão, ataque de pânicos, etc. Os dados Avira confirmam como oeste catarinense seja um dos lugares que consuma, proporcionalmente por população, mais antidepressivos e ansiolíticos do mundo.  Aposto que quem está lendo a coluna conhece pelo menos uma pessoa fortemente ansiosa. Talvez ela mesma.  Mas o que é exatamente a ansiedade? E o que fazer para supera-la? Um dos limites de nós psicólogos são, as vezes, a nossa linguagem e maneira de explicar que parecem complicar mais do que simplificar. Então, após mais do que 15 anos que trato problemas de ansiedade, hoje me permito a licença de sair da linguagem técnica e pomposa típica de nos psicólogos, e usar palavras comuns para

Afinal, o que querem as mulheres?

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Se você está se fazendo esta pergunta, ou é uma mulher que, como muitas outras, vive em um estado de insatisfação latente, em busca constante de si mesma e nem sabe se ainda pode ser feliz, ou você é um homem que, como muitos outros, não consegue compreender o universo do sexo feminino e parece que tudo o que faz para fazer a sua mulher feliz, é sempre insuficiente.  No primeiro caso, este artigo poderia ter sentido.  No segundo, provavelmente o achará inteiramente incompreensível, talvez ingênuo e tolo e, quase certamente, inútil.  O que uma mulher totalmente quer e precisa, em qualquer idade e em todas as culturas, é algo natural, mas longe de ser trivial: é ser uma mulher, um ser feminino.  Bom, que descoberta não é?! No entanto, não é tão simples dizer o que significa ser "mulher" e quais são as necessidades básicas dela, mesmo fisiologicamente e filogeneticamente, sem cair em estereótipos banais e preconceituosos.  Ser mulher significa principalmente ent

Adolescentes/Crianças e Novas Tecnologias (ICT). Que futuro? Que educação?

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É verdade que os adolescentes que socializam online também não são mais capazes de comunicar pessoalmente? Perguntei a uma mocinha  quantas mensagens envia por dia. Me respondeu: "250”. Puxa! De fato, adolescentes e suas vidas digitais são criticados todos os dias. Em um recente artigo no The Guardian, se condenou a rede social, alegando que fomentou a criação de uma cultura superficial e trivial, deixando-os incapazes de socializar: "tem o risco de crescer uma geração sem empatia, que vive somente uma vida hedonista em busca exclusivamente da emoção imediata criada pelo computador", muitos dizem. Eu também tenho as minhas preocupações. Os jornais gostam de destacar o vício pornográfico horrível e agressões causadas, em teoria, por jogos de vídeo muito violentos. Embora isto, não reflete a grande maioria do comportamento social dos jovens: a comunicação online testemunha o nascimento de um novo mundo da juventude digital. Esta nova tendência existe. Mas é verdade