Adolescentes/Crianças e Novas Tecnologias (ICT). Que futuro? Que educação?
É verdade que os adolescentes que socializam online também
não são mais capazes de comunicar pessoalmente?
Perguntei a uma mocinha quantas mensagens envia por dia. Me respondeu: "250”. Puxa! De fato, adolescentes e suas vidas digitais são criticados todos os dias. Em um recente artigo no The Guardian, se condenou a rede social, alegando que fomentou a criação de uma cultura superficial e trivial, deixando-os incapazes de socializar: "tem o risco de crescer uma geração sem empatia, que vive somente uma vida hedonista em busca exclusivamente da emoção imediata criada pelo computador", muitos dizem.
Perguntei a uma mocinha quantas mensagens envia por dia. Me respondeu: "250”. Puxa! De fato, adolescentes e suas vidas digitais são criticados todos os dias. Em um recente artigo no The Guardian, se condenou a rede social, alegando que fomentou a criação de uma cultura superficial e trivial, deixando-os incapazes de socializar: "tem o risco de crescer uma geração sem empatia, que vive somente uma vida hedonista em busca exclusivamente da emoção imediata criada pelo computador", muitos dizem.
Eu também tenho as minhas preocupações. Os jornais gostam de
destacar o vício pornográfico horrível e agressões causadas, em teoria, por jogos
de vídeo muito violentos. Embora isto, não reflete a grande maioria do comportamento
social dos jovens: a comunicação online testemunha o nascimento de um novo
mundo da juventude digital. Esta nova tendência existe. Mas é verdade que está
transformando as crianças em zumbis atordoados pelos emoticons, incapazes de se
comunicar, incapazes de pensar, de formular um pensamento coerente ou até mesmo
de olhar-se nos olhos? É verdade?
Acho que não. E os estudos o demostram (ver blog). O uso da
web é muito variável, mesmo dentro dos jovens: Instagram e Snapchat testemunham
esta variabilidade.
Novas tecnologias sempre semear pânico geracional, que tem
mais a ver com os medos dos adultos do que com a vida dos jovens. Nos anos
trinta, os pais estavam preocupados que o rádio tinha "um controlo ímpar
sobre os seus filhos". Na década de oitenta, o grande perigo vinha do Sony
Walkman, que "ajudou a criar o adolescente que se balançava com ritmos de
orgasmo”.
Na verdade o uso da mídia digital pode ser inventivo e até mesmo útil. Isto não só no que diz respeito à sua vida social, mas também para a sua educação.
Os quem enviam muitas mensagens são também os que preferem
passar mais tempo em pessoa com os amigos. Uma maneira de socializar não
substitui a outra, ao contrário. O web na fase da juventude se torna o
"terceiro espaço", mas para os 20 anos é substituída por uma maior
autonomia. Desenvolvendo competências online também se podem desenvolver
competências na vida real. Isso não quer dizer que os jovens têm sentido sempre
comum. Como todo mundo, cometem erros, às vezes sérios. Mas a compreensão de
como se comportar online é uma nova competência social. Outro ponto: esta forma
de escrever curto está destruindo a capacidade de ler e escrever? Certamente,
dizem os professores em causa. No entanto, demonstrou-se que a percentagem de
erros tem se mantido estável ao longo dos anos; ao contrario, os elaborados dos
alunos têm crescido em tamanho e complexidade. Como assim? Através do uso de
computadores, os alunos melhoraram em encontrar material, encontrando
diferentes pontos de vista e escrever de forma mais fluida. A minha opiniao é
que o web é como o dinheiro e o poder: não muda as pessoas mas deixa elas sair
mais prepotentemente por como são. Ou seja, se uma é inteligente a web ajuda a
ser mais inteligente e se é burra ajuda a ser mais burra. Ser inteligente ou
burra depende da educação com os pais e não com a web.
Outra característica: o relacionamento online com desconhecidos pode ajudar seus filhos a fazê-los sentir-se parte de uma comunidade. Foi descoberto que os adolescentes que faziam parte da diversão ou passatempo locais eram mais propensos a fazer trabalho voluntário na vida real do que os outros. E, de fato, muito interessante, isso não era verdade de quem teve FaceBook. Certamente pode-se argumentar que os pais devem incentivar os filhos a passar menos tempo no Facebook e mais tempo nos sites de acordo com suas paixões.
Mas se a web pode ajudar cognitivamente, de outro lado passar muito tempo online pode prejudicar muito a sua evolução. Os perigos são os emocionais: magoar, paquerar, discutir, resolver problemas remotamente não é o mesmo que fazê-lo face a face.
Enfim o problema da distração, que é grave. E os estudos também o confirmam. Além disso, o excesso de redes sociais e jogos on-line diminui o tempo gasto em tarefas e descanso. Esta é a razão exata pela qual os pais precisam ser firmes e estabelecer limites, que não significa proibir ou punir, como acontece com qualquer outra distração.
Então, qual é a melhor maneira de lidar com a situação?
Sempre o mesmo velho ditado que diz que está tudo bem para qualquer pai.
"Moderação" é a chave para formar uma boa educação. Os pais que não
destacam os olhos do telefone celular e não leem livros, muito provavelmente
crescerão crianças que vão fazer o mesmo. Como sempre, temos que observar o
nosso comportamento. Parliamo!
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