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Mostrando postagens de dezembro, 2013

O dom do presente

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Hoje um pensamento simples, talvez óbvio, mas nunca banal. Ou, pelo menos, que nunca deveria se-lo, por distração ou indiferença. Nestes dias todos nós temos o coração cheio: de família, encontros, presentes e alimentos. Eu também estou viajando para isso: abraçar os afeitos, para o Natal, cujo significado é próprio “dom”. Mas cada vez, no avião, acontece sempre uma situação que me impressiona e dói. Talvez seja porque incluído no bilhete, as pessoas quase nunca recusam a bandeja de comida, mesmo que meixam pouco ou nada. E logo, como águias, chegam as aeromoças que, sem nenhuma cerimônia, jogam tudo fora, água e muita comida, mesma a longa validade e já embaladas. E o meu pensamento corre sempre para os problemas da fome, hoje mesmo atrozes. Cresci ouvindo as historias de guerra, cenas de terríveis de privação e humilhação. Um ex- prisioneira dos campos nazistas me contou de um homem, desprovido por causa da fome de qualquer esperança e humanidade, que perto dela matou

SE DEUS QUISER

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As palavras expressam muito mais do que dizem. E nestes dias de muitas reuniões recorre assiduamente um jeito de dizer que chama fortemente a minha atenção, mesmo porque, enquanto profissional do "ser humano", sempre tinha paixão para as religiões e, por isso, fiz 5 anos de teologia na Universidade Católica de Milão. Então, perto do Natal, acho que vale a pena gastar uma reflexão sobre o: “Se Deus quiser"! Do ponto de vista cultural, o “se Deus quiser” parece uma posição clara na disputa teológica milenária entre predestinação, livre arbítrio e responsabilidade do homem, cumprida com si mesmo e os outros. Em particular parece apoiar a visão iper-calvinista de um mundo já totalmente alocado por vontade de Deus. Dele dependeria totalmente tudo o que acontece: um destino abrangido entre fatalismo e predeterminação. Uma abordagem a vida deindividualizante e deresponsabilizante; "visão cultural" que aqui parece ser ratificada por outras gírias recorren

LIGAÇÃO ENTRE NATAL, CONSUMISMO E DEPRESSÃO - O ASPECTO PSICOLÓGICO

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Na semana passada vimos como o Natal tornou-se consumismo. Hoje do porquê desencadeia tristeza. Vamos começar por dizer que o desconforto de Natal é um verdadeiro mal-estar reconhecido na área clínica como Christmas Blues. Um estudo americano, em 1981, demostra que os estados internos mais estressantes durante este período são o sentimento de solidão, a sensação de falta de uma família, o surgimento de memórias e preocupações econômicas. Esta forma de depressão mostra afinidade com o que na psicanálise é chamada de "reação de aniversário" que explica como em algumas ocorrências de vida podem surgir sentimentos ou emoções aparentemente não de acordo com os acontecimentos atuais, mas em vez relacionados a eventos passados ​​ complexos ou problemáticos, que em seu tempo não foi possível desenvolver e, portanto, tendem a recorrer. É importante destacar como o Natal traz consigo uma alteração dos ritmos regulares da vida, o que expõe a estímulos incomuns: as interrupções

LIGAÇÃO ENTRE NATAL, CONSUMISMO E DEPRESSÃO – AS ORIGENS

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O que liga Natal, consumismo e depressão? Desenvolvemos o assunto em duas colunas consecutivas enquanto, pertencendo todos nós, é importante compreender. Hoje começamos abordando as verdadeiras origens do Natal e do seu aspecto de consumismo. No próximo a depressão e seus remédios. Vamos começar por dizer que o Natal é uma celebração reinventada. Do que hoje muitos se queixam, males e excessos, representam de fato a sua tradição mais genuína. Os valores cristãos e de família são recentes, chegaram depois. De fato, a história do Natal é uma história de conflitos de classe e religiosos. Dezembro sempre foi um período de férias importantes, relacionado com o solstício de inverno e com o final da colheita: período de grandes excessos e transgressões de comida, álcool e, graças à pausa forçada dos campos, de sexo. Hoje é um fato adquirido que a comida está disponível durante todo o ano, mas isso é verdade só para os últimos dois séculos. Antes que foram inventadas as geladeiras, deze