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Mostrando postagens de novembro, 2013

Transtorno de Humor (sob encomenda)

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Hoje satisfazemos a leitora   E. Capra   que na página FB de ZF sugeriu nos falar sobre o Transtorno de Humor. Sendo que aproxima-se o Natal, período de forte risco para a sua detonação, achamos importante oferecer uma visão sobre o tema de forma simples e útil . Os T. de humor, também chamados de transtornos afetivos, são distúrbios de autoestima, ou seja, referentes a percepção do valor de si mesmos, que incluem duas categorias gerais: os depressivos e os bipolares. A depressão, em particular, é um mal comum e diabólico, apesar que nem sempre legitimado, que varia entre o 5% e 20% da população, com maioria entre as mulheres . Fatores que facilitam o seu estourar são: o sexo; a idade entre 35 e 45 anos; a história familiar de depressão e/ou alcoolismo; as experiências infantis em ambiente familiar destrutivo, hostil ou negativo; eventos recentes de perdas, mortes, quedas de papel social; falta de relações íntimas ou confidenciais; parto nos últimos seis meses. Em re

Brasil e Itália: a corrupção como tradição

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Corrupção e impostos são dois temas quentes, sempre discutidos com grande efervescência entre um chima e uma gelada. Em ZF, com certeza, desenvolveremos os dois a partir de diferentes perspectivas. Hoje, o caso Pizzolato nos oferece a oportunidade para começar a dissecar o primeiro: a corrupção. Em primeiro lugar é preciso dizer que não é uma coincidência que o ex Dir. Mkt. do BB condenado no mensalão fugiu bem na Itália, assim como os italianos do pós-guerra fugiram no Brasil. Os dois países do ponto de vista sociológico, político e cultural são muito semelhantes em termos de corrupção, tanto que no último relatório do Transaprency Internacional os dois países figuram respectivamente no 69° e 72° lugar entre 176 países, ambos lamentavelmente lanternas traseiras das assim faladas democracias civis. Nesse sentido, é importante destacar como o mesmo "sistema-democracia" foi desenvolvido justamente para responder ao problema (introduzido do filosofo Rousseou) de como

E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE ... (OU NÃO?)

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“ Você não mudou. Te deixo!” / “Você mudou. Te deixo! ” .... Amar-se não é suficiente para continuar a ficar juntos. Não é mesmo passar a vida inteira lado a lado, enfrentando e superando os principais desafios e as incertezas do amanhã e as pequenas dificuldades e inseguranças do dia a dia. Não o é construir uma própria casa: um espaço físico que recebe e protege; um espelho íntimo, que reconhece e define. Nem é suficiente, como era uma vez, hipotecar a continuidade, colocando no mundo um filho. Não hoje. Não mais.  Porque? O que mudou? Acontece que, hoje, diferentemente do que no passado, o mundo oferece todo um bacanal deslumbrante de possibilidades a serem urgentemente aproveitadas: “coisas”, identidades e destinos (assuntos que, as vezes, fundam-se e confundam-se uns com os outros).  O mesmo conceito de possibilidade torna-se um valor (O "Yes We Can "de Obama) que vai bem além das aberturas ao desenvolvimento econômico e cultural (negócios e estudos; compr

A Praça é nossa

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Do ponto de vista antropológico a maneira como o ser humano ocupa o espaço é um dos aspectos mais fascinantes da sua história de vida social. Os lugares falam sobre quem os habitam e os alteram em uma contínua estratificação de mudanças, sinais, valores e significados. Em particular a praça fala da cidade. Ainda mais, tecnicamente é a sua origem. Historicamente as cidades nasceram como extensão da mesma praça, espaço encruzilhado de afluência em função de uma feira, em um progressivo aumento de exigências e construções ao seu redor (a diferencia das comunidades onde a origem/base é a propriedade fundiária e depois vem criado um lugar de encontro). A praça é o centro desta realidade: bem no centro, também por razões de segurança (assim que o ladrão não pudesse escapar); o lugar do desenvolvimento da vida pública; deposito arquitetônico e simbólico de sinais históricos e valores fundamentais da mesma concepção civil (poder, religião, comercio). É espaço aberto: para encontros, escam

A RELIGIAO DO FUTEBOL

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Geralmente sustento que para ter uma ideia de um povo é suficiente prestar atenção a três suas expressões: a) A arquitetura b) O jeito de dirigir c) O futebol. Bem, hoje falamos de futebol, uma poderosa janela cultural sobre um povo. Exemplos? A Alemanha: terra fria; de mineras e guerras. A gramática de sua língua é rigidamente estruturada. Seu jogo eficiente, organizado e poderoso exatamente como os carros que produzem. No final, sempre chegam ao fim. A Itália? Terra de invasões, poetas e marinheiros. A sua semântica é rica e flexível. Arte e criatividade. O jogo? Todos fechados na defesa (os carcamanos) esperando o golpe de gênio mas sem ser capaz de finalizar (perde-se nos pênaltis). Enquanto psicólogo é um grande privilégio poder jogar aqui. Do campo se podem ver aspectos do “brasileiro” que nos livros não se podem ler. Para o brasileiro destaca-se, nesse caso, sua relação com o tempo e com o prazer. Para o ocidental, cristão, pós-iluminista, de fato, o present