Transtorno de Humor (sob encomenda)



Hoje satisfazemos a leitora E. Capra que na página FB de ZF sugeriu nos falar sobre o Transtorno de Humor. Sendo que aproxima-se o Natal, período de forte risco para a sua detonação, achamos importante oferecer uma visão sobre o tema de forma simples e útil.

Os T. de humor, também chamados de transtornos afetivos, são distúrbios de autoestima, ou seja, referentes a percepção do valor de si mesmos, que incluem duas categorias gerais: os depressivos e os bipolares. A depressão, em particular, é um mal comum e diabólico, apesar que nem sempre legitimado, que varia entre o 5% e 20% da população, com maioria entre as mulheres.

Fatores que facilitam o seu estourar são: o sexo; a idade entre 35 e 45 anos; a história familiar de depressão e/ou alcoolismo; as experiências infantis em ambiente familiar destrutivo, hostil ou negativo; eventos recentes de perdas, mortes, quedas de papel social; falta de relações íntimas ou confidenciais; parto nos últimos seis meses.

Em relação à base orgânica pode depender dos desequilíbrios bioquímicos e hormonais secundários a uma doença ou, reativamente, dos fatores psicológicos em resposta ao estresse excessivo, a uma doença (ataque cardíaco), a perda de um querido (luto) ou gravidez/parto.

Alguns traços de personalidade também favorecem a doença: tendência obsessiva ao perfeccionismo; tendência a viver a realidade de forma competitiva; traços de personalidade dependente, ou seja em constante busca por aprovação social, confirmações externas e gratificações; personalidade oral e/ou autocritica.

Mas além dos aspectos técnicos, é importante enfatizar que se não for diagnosticado e tratado em tempo, as consequências podem ser dramáticas e por toda a vida: alcoolismo; abuso de drogas; produtividade irregular; colapsos financeiros; interrupções contínuas dos planos; falências conjugais, até envenenar o dia a dia e privar os filhos do apoio adequado. O 15-20 % desses casos chega ao suicido, em média, dentro de 4-5 anos após o 1° episódio.

Mas para ter um verdadeiro sentido de como o T. de Humor impacta na vida de todos, mais do que palavras de psicólogo, acho vislumbrastes as dos protagonistas. A seguir as de uma menina que o sofre, da sua mãe e pai.

Ela: "Senti-me sozinha por um longo tempo. Ninguém entendeu o que estava acontecendo comigo porque eu mesma não entendi. Não conseguia entender se o problema era meu ou do mundo ao meu redor. Havia momentos em que me sentia muito bem e, consequentemente, família e amigos não conseguiam entender por que de repente não queria sair mais da cama. Achavam que era preguiçosa ou arrogante ou que fosse uma fase. Como resultado, acabei me sentindo culpada e inútil, além de deprimida. Mais tarde, quando foi diagnosticada com a doença e me tratei, percebi que não estava mais com raiva de mim mesma. Agora eu tenho mais controle sobre a minha vida e eu estou recuperando as relações com a minha família. Perdi alguns amigos. Mas tudo bem. Vou fazer novos”.

A mãe: “Cuidar de uma pessoa com transtorno de humor era como estar em uma montanha-russa. Vivi todos os tipos possíveis de emoção. Raiva, negação, dor e pânico. Mas também espero, alegria e orgulho. Despedi-me de muitas coisas. Meu trabalho, minha vida social, muitos amigos - e meu casamento sofreu fortemente. Mais tarde minha filha me disse de ser muito feliz que a família permaneceu unida. Na realidade, a situação manteve-se precária por um tempo. Quanto mais aprendia sobre a doença e mais tudo tornava-se simples. Hoje, minha filha é estável e independente, e sua vida é daqui para frente. Não é a vida que eu sonhava de ter. Mas é uma boa vida e não se pode pedir mais


Pai: “Para mim, o dia em que meu filho teve o diagnóstico foi devastador. Até esse momento sempre pensei que esse seu comportamento estranho era uma fase ou algo que passaria com o tempo. Naquele momento, de repente, percebi que a vida dele e a nossa não teria sida o mesmo. Levei um longo tempo para que pudesse ter uma razão.”

Deny: Em conclusão - Acho este artigo péssimo. O pior que escrevi até agora. Mas é muito útil. Gostei. Ou não? 

Comentários

  1. Em primeiro lugar quero destacar que não é um artigo péssimo, pelo contrário muito bom e explica sobre os transtornos de humor, que muitas vezes , acredito as pessoas não se dão conta de que possuem e acabam não tratando, lendo sobre o assunto podem se dar conta que possuem alguns sintomas e evitar a continuidade do sofrimento ou pelo menos, diminui-lo com o tratamento adequado, onde o Profissional como Psicólogo e Psiquiatra são uma dupla imprescindível, não só não é um artigo bom , como acho um tema que deva ser mais explorado!

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    Respostas
    1. Péssimo artigo ... mas gostei ... em perfeito estilo bipolar ;).

      Seriamente falando ... sim, não é complicado resolver os problemas ligados ao humor e aos seus transtornos ... mas claro, pressupõe a vontade e a humildade de querer fazer algo pra si reconhecendo um problema ... se não é nem como falou a menina do artigo ... que botava a culpa ao mundo o continuava sofrendo no seu quartinho ...

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