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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

O meu amigo politico

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J á quando morava na Itália, e o Brasil para mim não era mais do que um mundo distante entre os muitos do globo, de fato já tinha lido vários de livros de Paulo Coelho. De um que gostei. Os restos por nada. Me pareciam um blefe. Perguntava-me como era possível gostar (e comprar) de alguém falando exclusivamente de si mesmo, simplesmente descrevendo o que estava fazendo no dia a dia ou fez no seu passado, acompanhando-o com o fluxo de seus pensamentos. Claro, o sabia fazer bem. Escrita fluida, rápida, cativante. Mas de fato um simples exercício retórico de matriz mística. Um registro estilístico arranjado para deixar a sensação do prazer da beleza mas sem a oblação da substância. Em palavras simples, escrevia muito bem, mas sem dizer nada. Uma escrita mais arranjada para cativar do ponto de vista emocional, criar laços pessoais com o leitor e assim vender (se). Ausentes injustificados a profundidade de conteúdo e originalidade das ideias, ou seja, a arte da literatura. Ao final das

O "valor" do conhecimento

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Porque inscrever-se a universidade? Por paixão para a disciplina a aprender? Para o prestígio social de um título? Para aspirar a salários mais elevados? Sem dúvida, o sistema de ensino no Brasil é uma das questões sobre a qual valeria mais a pena fazer uma pausa para refletir e discutir. Hoje visamos rapidamente o sistema universitário público e particular, focando nos especialmente sobre as características deste último. As universidades privadas, a partir dos anos '70, sob a moldura da Lei de Diretrizes de Base (LDB) de ’61 e da Reforma Universitária de '68, têm conhecido no Brasil três grandes ondas de expansão. Entre 60 e 80, o número de matrículas passou de 200 mil para 1,4 milhão, em um crescimento de quase 500% e no setor privado de mais de 800%. A Constituição de 88 reiterou o princípio liberal do ensino privado, libertando-o do controle do CFE (Conselho Federal de Educação) e desde aquele momento ao ’96, as universidades particulares, sob o controle de alguns

As Mina pira

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As pessoas podem comportar-se diferentemente do que dizem e até mesmo do que pensam. Muitas vezes sem mesmo perceber. O que determina as ações, de fato, são os valores culturais: forças influentes difíceis de ver claramente, mas que a arte é capaz de antecipar, traduzir e divulgar de forma poderosa. Ler a linguagem da arte é como ir à escola de verdade sobre os comportamentos concretos. Então, o que nos ensina uma matéria importante: a música. Muitos professores enfatizam uma forte axioma dessa cultura: o que importa na vida é fazer festa e fazer festa significa transar e ficar bêbado até se sentir mal. Citamos aqui algumas teorias de ilustres luminares: " Mulher, Mulher Mulher (ideia fixa na música brasileira), melhor que uma mulher só dez mulheres; melhor que dez mulheres só mil mulheres " por Neguinho de BF. “ Abasteci a geladeira, tá lotada de cerveja-cachaça que vai subir de fazer zum zum-o cheiro do amor não vai acabar e tudo o mundo vai pirar e ficar nu ”