Afinal, o que querem as mulheres?

Se você está se fazendo esta pergunta, ou é uma mulher que, como muitas outras, vive em um estado de insatisfação latente, em busca constante de si mesma e nem sabe se ainda pode ser feliz, ou você é um homem que, como muitos outros, não consegue compreender o universo do sexo feminino e parece que tudo o que faz para fazer a sua mulher feliz, é sempre insuficiente. 
No primeiro caso, este artigo poderia ter sentido. 
No segundo, provavelmente o achará inteiramente incompreensível, talvez ingênuo e tolo e, quase certamente, inútil. 

O que uma mulher totalmente quer e precisa, em qualquer idade e em todas as culturas, é algo natural, mas longe de ser trivial: é ser uma mulher, um ser feminino. 
Bom, que descoberta não é?! No entanto, não é tão simples dizer o que significa ser "mulher" e quais são as necessidades básicas dela, mesmo fisiologicamente e filogeneticamente, sem cair em estereótipos banais e preconceituosos. 

Ser mulher significa principalmente entregar-se a sua natureza, que quer o corpo da mulher estruturado para acomodar o homem e a maternidade. Enquanto o homem é projetado para a caça, o corpo da mulher, tem o dom da espera, da permanência e da ciclicidade/continuidade. Como sempre, o papel da mulher é multifacetado e polivalente: namorada, mãe e amiga, e as suas tarefas são inúmeras, incluindo suporte emocional e cuidado de si mesma, dos filhos, da casa, das relações, etc. As mulheres, ainda, mesmo que trabalham e sejam auxiliadas por homens, são naturalmente delegadas ao cuidado da casa e dos filhos, dos quais cuidam totalmente e sozinhas por nove meses pelo menos. Tempo atrás, as mulheres viveram suas esperas na comunidade, apoiadas psicologicamente e fisicamente das outras mulheres em um mútuo apoio emocional. As suas conversas, ajudavam a aumentar o nível de oxitocina, o hormônio do bem-estar das mulheres, produzida naturalmente durante todas as atividades de cuidado e de aperfeiçoamento do corpo e do ambiente, ou seja, nas atividades criativas bem como em todos os carinhos típicos da intimidade emocional. Por isso, consequentemente as suas atividades e cuidados, a mulher ainda tem a normalíssima necessidade de ser feminina e de sentir-se bonita, especial,  amada, por tudo o que ela faz. Isso é o que lhe dá a motivação para construir uma família e cuidar das crianças.


Além disso, como resultado de suas características físicas e de conservação, sobretudo da prole, a mulher desenvolve uma inata necessidade de proteção. Em resumo, as mulheres são fisiologicamente e geneticamente destinadas á beleza, ao cuidado, a maternidade, a criatividade e ao falar e precisam se sentir bonitas, amadas e protegidas. Todas essas atividades e o cumprimento dessas três necessidades básicas promovem a produzem nas mulheres oxitocina, induzindo um estado de bem-estar e júbilo. Quando a oxitocina está presente em maior quantidade, a mulher se sente mais atraente, mais dinâmica, mais flexível, mais feliz, mais amorosa e fica atraída para o homem. Obviamente, se o bem-estar do hormônio feminino é deficiente, a mulher é infeliz e não aconchegante. Em outras palavras, todas aquelas necessidades considerados pueris como cuidar de si e do próprio corpo, ter carinhos, beijos, escutar palavras doces, para uma mulher, são uma mera necessidade fisiológica, da mesma forma que fazer sexo é para um homem. Ótimo, então, para um homem é só deixar se sentir bonita, amada e protegida a mulher e assegurar todas as atividades de cuidado, beleza, comunicação, trabalho em equipe e de contato, para fazê-la feliz? Óbvio que não, longe disso! Muitos homens, apesar dos esforços, convivem com aquela sensação de: "qualquer coisa eu faça, nunca está bem!" E, como vimos, se a mulher não encontrar satisfação de suas necessidades mais instintivas, não é feliz e se ela não está feliz, se alimenta o maior medo do homem: não ser suficiente! Mas não é fácil para um homem entender uma mulher, e o que ela mais precisa é apenas aquilo que ele não pode e/ou, ás vezes, não quer dar. Os homens tem a crença que é suficiente o apoio financeiro ou dar um presente de vez enquanto para deixa-las felizes. Eles pensam que tê-las escolhidas como companheiras seja a maior manifestação de amor. Tempo atrás (atrás?), para a mulher isso era o suficiente, para se sentir amada e protegida, mas hoje as coisas mudaram. Hoje também a mulher trabalha; tem muitas mais coisas para fazer e é cada vez mais sozinha e longe do apoio emocional de outras mulheres. Muitas vezes não têm nem tempo para todas as atividades de criatividade e feminilidade, que a satisfariam. 

Finalizando, hoje, as mulheres precisam de homens que saibam entrar em contato e dar apoio emocional! John Gray, no livro os "Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus", conta como, com um simples abraço, mudou radicalmente a relação desgastada com sua esposa, trazendo de volta aquele feeling perdido. O segredo, então, para fazer o partner feliz, é parar de ler sua mente, parar de achar que a rotina seja uma conquista eterna ou achar-se bom enquanto cumprir necessidades não requeridas, mas é aprender a escutar. Muitas vezes, não é fácil aceitar algo que não se entende e muito menos fazer algo "não natural". Mas se não se entende é porque as duas pessoas são diferentes. Aceitamos isso e aproveitamos do bem que recebemos em deixar feliz quem amamos.

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