Tornar-se homem hoje: desafios e soluções

“Não chore”. “Não seja Mulherzinha”. “Seja homem”. “Seja macho”. Quanto é complicado hoje ser homens? 
Nesses dias tive a sorte de assistir, de maneira privilegiada, algo que, mais do que um filme, é um verdadeiro movimento, inclusive pelo fato que está sendo produzido por meio de um auto patrocínio, muito em auge o mundo do espetáculo, chamado crowdfunding (ou seja coleta de fundos) e, sendo assim, ainda não está terminado. Estou me referindo a um documentário com titulo em inglês “the mask you live in”, ou seja “a mascara em que você vive dentro”. De fato se trata de uma reflexão sobre como estamos prejudicando de um ponto de vista educativo e evolutivo os nossos filhos homens. 
O ponto de partida é um perspectiva para avaliar como as expectativas culturais, e a consequente desigualdade entre os genros, afeta e pesa sobre a evolução dos homens nessa fase da contemporaneidade global. 



O que acontece quando os modelos educativos baseados sobre ideias de genro ainda não estão em fase com a era atual? Será que os pais se questiona sobre que tipo de ideia de homem ainda o educam os filhos? Quais são as categorias com as quais os grupos horizontais impõem as regras evolutivas de convívio (e exclusão) social? Que tipo de modelo de “homem” ainda os mídias passam? E como o futuro homem reage? 

"Ele vai se tornar um ser humano sensível e compassivo, ou uma paródia da masculinidade, limitado por estereótipos culturais que fizeram dele um homem sozinho e deprimido?"

O que gostei muito desse documentário é o trailer, que mostra o conjunto de rostos masculinos de todas as raças e idades sob a trilha de algumas ”vozes falantes por trás” que um “macho” americano (e não só) ouve repetias desde a infância. "Não chore." "Não seja uma fêmea." "Seja um homem". Etc. 

Querendo ou não, o machismo hoje, contaminado por outros padrões sociais, de genro e globais, construiu uma idéia de masculinidade que produz nas crianças sentimentos de insegurança a respeito da sua própria virilidade e, por isso, leva-os a constantemente a ter que prova-la”. Tanto é que uma das emoções dominantes no jovem masculino, hoje, é a ansiedade."

De fato todos os dias os meninos usam uma máscara pra sair de casa, para ir para a escola e relacionar-se. O problema é que alguns não sabem como tirá-la (porque deixados sozinhos nesse trabalho de auto conhecimento; ou pior direcionados por conta daquelas mesmas figuras que a desviam; a maioria das vezes os pais mesmos) e acabam por isso para mantê-la para sempre."

Os meninos, assistindo o o documentário,sentem raiva e frustração, mas não podem (e não conseguem) expressar o seu sofrimento interior, porque:

Nossa cultura tem desvalorizado o que define feminino: carinho, empatia, habilidade para se relacionar com os outros, o instinto de cuidar. Assim, alguns recorrem à violência para os outros ou para si mesmos, porque eles sentem vergonha e humilhação e ficam com medo que serão ainda mais humilhados se não provarem ser verdadeiros homens. Aposto que é uma situação que muitos conhecem. De fato uma vez instaurado esse mecanismo, se repetirá quando puder em cada relação, a partir do namoro e no casal. 

O ponto é que temos de dar às crianças a permissão de expressar seus sentimentos”.

Do meu ponto de vista, ser um “verdadeiro homem” não consta em ser forte sem nunca ter medo, mas é saber aceitar de ter medo e sentir-se forte sabendo que você pode superá-lo”.

Temos de redefinir a força masculina, não como um poder a ser exercido sobre os outros, mas como uma força para defender a justiça. 


Se nós ensinamos aos homens para integrar com o aspecto da força, os de saber dar cuidados e compaixão, fazemos-lhes um presente. Para hoje e para o futuro. Mas aprofundaremos melhor o tema, segunda que vem no parla com deny, ser homem amanhã, começa tendo conhecimento hoje. 

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