Alemanha vs Brasil - Eu, uns dos Outros
Recentemente
visitei alguns países europeus. Mochila nas costas, somente cartão no
bolso, sem nenhuma troca de valuta, e fui. Aqui quero descriver algumas
praticas de vida, de comportamentos, de serviços e (infra)estruturas que
encontrei na Alemanha, na Danimarca e na Suécia para depois chegar a
uma reflexão e uma comparação implicita com o Brasil.
Primariamente
vamos dizer que me desloquei por todos estes países de avião, de trem e
de meios públicos de maniera muito simples, eficiente, clara e barata. A
passagem que paguei mais cara foi de 30 euro, ida e volta de avião de
Berlim até Copenaghen. Todas as compras das passagens e relativos check
in foram feitos simplesmente pelo celular, com leitura eletrônica dos
códigos nos aparelhos prepostos e extremamente fáceis a usar espalhados
em cada canto nos aeroportos, estações ferroviárias e de ônibus.
Dentro
as varias cidades, quando precisou de um meio de transporte alem dos
pés, era praticamente um convite publico usar a bicicleta, que se pode
pegar em quase cada esquina deixando um deposito e recoloca-las em
outras áreas similares recuperando o dinheiro (mais ou menos 2 reis). O
80% desses povos metropolitanos e não, costuma usar a bicicleta como
meio primaria. Crianças, mulheres, mulheres com crianças, profissionais
de terno, políticos, homens comuns, ricos, menos ricos, etc. As
ciclovias percorrem as cidades como veias o corpo humano; ninguém as
ocupa e as bicicletas sempre tem a antecedência a respeito seja dos
carros que dos pedestres.
Alem
disso , sempre pelos aplicativos do celular, è bem comum usar o sharing
car, ou seja os carros compartilhados que tu reserva pelo aplicativo,
que te sinaliza onde fica estacionada a mais próxima, e que depois te-la
usada para ir onde e quanto tu quiser, a deixa em qualquer lugar da
area urbana pagando apenas o tempo que tu a usou. Os carros a disposição
são Mercedes, BMW, Volvo. De varias modelos. A mais barata è a Mercedes
Smart. 20 minutos de uso custam 2 euros. A mais cara são reversíveis
luxuosas BMW e Mercedes e custam 15 euro cada meia hora. A maioria destes carros são eletricos, sendo também que a partir do 2010 será proibida na Alemanha a venda de carros a gasolina. Ah, obviamente no seu interno, estes carros são todas impecaveis. Ninguem come, bebe ou namora dentro, sendo que outras pessoas irão usa-los.
Porque este é um ponto importante.
No uso das coisas publicas e do espaço publico tudo è eficiente, limpo, regrado.
Não
tem ninguém que passa com o semaforo vermelho ou não respeite um sinal
de alt/stop. Nem sequer que não passe ninguém. Não tem ninguém fure uma
fila, não compre uma passagem para os meios públicos (que não tem
controle) ou não pague o que pega nos mercados e nas lojas que não tem
funcionários mas somente maquinas para o self-service.
Jogado
na rua tu não enxerga lixo nenhum. nem um papel de chiclete ou bituca
de cigarro. E não me refiro apenas nos vários centros das cidades mas em
cada bairro, mesmo também nas áreas mais sociais, contestadoras,
hipsters.
Os
horários, assim como todo o esto, são respeitados ao segundo e não tem
ninguém que pede para fazer uma exceção se for atrasado, de tiver a mãe
que caminha devagar ou a criança chorando em casa. Quando bate o ultimo
minuto antes de fechar ou os meios públicos de partir, tudo o mundo, com
calma, faz o que tem que ser feito. Respeita.
E
sendo que as pessoas, todas, são muito acessíveis e educadas, alem de
falar perfeitamente inglês, satisfiz a minha natural curiosidade
perguntando para uma amostra variável de pessoas (guardas, garis,
estudantes, homens de negocio, mulheres de família e de trabalho, etc.)
perguntei: “por que vocês respeitam tanto assim cada regra?”
E a resposta foi unisona e simples, até banal: “para não criar nenhum dano aos outros e consequentemente a mim mesmo”.
Precisa dizer algo a mais?
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