50 tons de mulheres
Nos últimos 50 anos a mulher está sendo protagonista, às vezes ativa, às vezes passiva, de um processo, tão radical quanto dramático, de transformação da mesma representação de mulher, seja respeito aos valores, espelhos da própria identidade pessoal, seja respeito ao posicionamento de si mesma entre os desafios sociais. Esses aspetos são os que basicamente medem os comportamentos e as regras, explícitas e implícitas, de relação entre mulheres e homens em campos como família, trabalho, dinheiro e, obviamente, sexo. Por milhares de anos a mulher foi moldada pelo homem como produto doméstico finalizado à garantia da continuidade da linhagem e do patrimônio através do matrimônio: um artefato cultural e um dispositivo, isto de continuidade social chamado de família, fortalecido das forças convergentes do mercado e da Igreja Católica. Significa que a mulher aprendeu e se acostumou a determinar-se enquanto emanação do homem e, consequentemente, a não ter direito não sim...