O MITO DO AMOR
O amor é uma cintila que move o sol e as estrelas; energia misteriosa que permeia o universo e preside benevolentemente o movimento dos átomos e das moléculas.
Mas também é uma poderosa forma de atração entre pessoas, homens e mulheres, independentemente da orientação sexual, que, em vão, intelectuais, cientistas e poetas tentaram, desde sempre, codificar.
Em um próximo encontro na “Academia Parla con Deny", o lugar onde fazer cultura (49 9.8895-5231) iremos abordar e de-construir o Mito do Amor.
Sim porque também quando se fala de amor se fala de tudo e de nada ao mesmo tempo, cada um com a sua maneira de entende-lo e vive-lo.
E o desencontro que nasce por causa de usar a mesma e única palavra “amor" para “amores" diferentes pode criar muitas frustrações e tristezas.
O amor não é o mesmo para todos. E não é nem sequer sempre igual a si mesmo. Muda. Tem fases. Se transforma.
Somos escravos dos nossos dos nossos hormônios, elusivos mediadores químicos; somos devedores ao nosso ambiente e ao nosso código genético, mas todos, pelo menos uma vez na vida, podemos senti-lo ficando inebriados ou sofrendo-o, passando da alegria á dor, da exaltação á tristeza da decepção.
Os primeiros contatos com esse ingovernável sentimento cabem dentro um jogo de sensações que podemos chamar de LUDUS: um lúdico balanço entre libido e ternura, atração frívola, em busca sem compromisso de uma satisfação egotista mais do que a vontade de doar-se.
Um nível mais intenso de atração, que pode obnubilar o raciocínio e desencadear os instintos sexuais mais poderosos é o EROS: amor apaixonado, sensual, pegador, extenuante. É o mais intenso e o menos duradouro. As mulheres o sonham, o homens o temem.
MANIA é o amor obsessivo, total, possessivo, irracional, dominado pelo ciúme para o amado do que se depende totalmente. As vezes é o mais sofrido e chega ao patológico.
FILIA é o amor carinhoso, confortável, quer dá segurança, feito de experiências e sensações comuns que se interligam em um dialogo sem palavras, feito de olhares e silêncios; cumplicidade. Os problemas do outro vem antes dos seus próprios; tem confiança, máxima admiração e ajuda reciproca.
AGAPE é o amor altruísta, delicado, baseado mais sobre o afeito que sobre os instintos da carne. É o contrario do EROS. Se visa se tornar uma coisa só, sem constrangimentos.
PRAGMA é o sentimento que junta muitas vezes os adultos que vem de experiências falidas e/ou pouca confiança em si mesmos, baseado sobre o interesse e o calculo, sobre o dar e receber, custos e benefícios, mais sobre a compatibilidade do que sobre o afeito.
O sexo constitui a pimenta do amor; o seu sabor. É ao mesmo tempo energia, dinamismo, agressividade mas também estabilidade, possessão exclusiva. O sexo tem que lidar com inexorável passar do tempo.
E tempo leva geralmente a transformar o EROS em FILIA ou as vezes em MANIA; mais raramente em AGAPE.
O amor sempre é diferente da paixão, que é fugace.
É só desempenhar-se para manter sempre ardendo o fogo cuidando para não queimar-se. Se quiserem falar mais sobre as nuances do amor, é só participar ao próximo encontro na Academia Parla con Deny dedicado ao Mito do AMOR.
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