Desfile do 07 setembro: Não gostei porque ... IMHO

A partir de hoje, a coluna Zona Franca será também uma coluna de opinião. Acredito seja importante expor-se para gerar estímulos e reflexões que possam dispor a um dialogo propicio e respeitoso. A violência é uma consequência reativa a incapacidade de dialogar. Ao levar a pessoal. Tem muita violência no mundo. Demais no Brasil. As opiniões que irei expor vão consideradas como IMHO (In My Humble Opinion), ou seja opiniões pessoais e humildes que não tem presunção de verdade mas que abrem com curiosidade e aceitação ao contraditório. O meu registro retórico as vezes pode parecer polemico mas somente porque não sou uso a meios temos ou frescuras e acredito que ir direito ao ponto, de olhos abertos, seja o melhor caminho para chegar a uma verdade comum. 

A minha opinião de hoje é a respeito da cerimonia/desfile de quinta, dia da independência do Brasil. 

NÃO GOSTO: Tem uma coisa que não gostei; assim como não gosto em cada solenidade. É a chamada pessoal, os seja elencar os nomes de Fulano ou Siclano, membros ou representantes de uma instituição. Isto é bem típico no Brasil todo (mas não fora do Brasil): elencar nas cerimonias publicas o nome e sobrenome de todas as "autoridades” presentes, quase sempre elencando também o nome da esposa ou do marido ou até dos filhos. 

Eu não gosto disso. Quinta era o dia da independência. O dia em que se celebram todas as instituições que concorrem a constituir e mover o Brasil, no seu governo municipal, estadual e federal. O que tem que ser destacado, homenageado e valorizado é a instituição: que é permanente e que faz o Brasil. Não o indivíduo particular, que não é permanente e que é  apenas função, representante, servidor, célula, da instituição. Ontem ouvi o absurdo de escutar nomear cada funcionário, até só psicólogos, de algumas institutos publicas sociais. 

Não precisaria elencar os indivisos porque, em uma democracia, a instituição, cada instituição, é uma sobre-estrutura dos indivíduos, de todos os cidadãos que estão sendo representados por ela, a partir do voto e por meio das leis. A instituição não é apenas "O" cidadão individual mas é “CADA” cidadão individual e mais o conjunto deles. 

A instituição é o desataque. E é mais importante do singelo indivíduo porque representa todos os indivíduos cidadãos. 

Elencar os indivíduos, IMHO, significa criar uma cultura do culto da pessoa especifica, do indivíduo particular, do funcionário e não da função. Isto gera o raciocínio que o que que importa, quem tem poder, é bem aquela pessoa, que se torna determinante dentro aquela especifica instituição e não a instituição em si mesma. 
O indivíduo vem colocado em destaque e se torna assim mais importante, pelo simples fato que começa existir e ser visível por nomeação, do que a instituição e isso: de uma lado, desqualifica e depaupera o conceito e o respeito da instituição, e do outro promove e leva aceitar a lógica pessoal, de negocio e mafiosa como a, por exemplo, da política dos favores, das apertadas de mão, da corrupção, etc. Estas são todas praticas onde as pessoas promovem pessoas e pisam sobre as instituições. Inclusive porque do outro lado os cidadãos mentalizam relacionar-se com pessoas e não com instituições. 


E de onde nasce e vem essa ideia que a pessoa pode dominar e manipular uma instituição ao invés do que simplesmente servi-la? De muitos fatores, mas também do fato de exaltar indevidamente uma funcionário como uma estrela ao invés do que como um servidor. IMHO

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