BULLYING - Entrevista ao Deny Donato Alfano

Alguns dias atrás, Michelle Bertocchi, uma aluna da escola básica Elia Basso, me procurou para me fazer algumas perguntas sobre o bullying como parte de um trabalho escolar que estava justamente desenvolvendo. 

Primariamente me deixem parabenizar todas essas atitudes que muitos jovens, por aqui, tem, de sair da escola para procurar novos entendimentos, ativando-se para criar novos contextos territoriais de praticas, nem que isto seja participar a grupos filantrópicos ou organizar-se para vender rifas e promover iniciativas. 
Eu sempre costumo dizer que fazer vale muito mais do que falar. E os jovens que fazem tem toda a minha admiração. Parabéns e continuem assim. 

Quanto ao bullying, o bullying é um fenômeno dramático e que está progressivamente crescendo e radicalizando-se. 

Na entrevista, que foi gravada e que vocês encontram no meu facebook, explico quais são os efeitos em meio longo prazo, os danos cujo os filhos que os sofrem correm-se risco; opino também a respeito de quais poderiam ser as soluções e defino de maneira mais sistêmica e precisa como tem que ser visto o fenômeno do bullying e porque vem agido. 

Sim, porque, de fato, me chamou muita atenção uma pergunta da Michelle que me perguntou se quem age o bullying, quem agride, machuca, ridiculiza, ofende, humilha outros alunos, o faz por maldade. 
Olha só que interessante a visão das causas que se atribuem ao fenômeno. 

A resposta, obviamente, é não. 
O bullying é um comportamento visado a criar uma ordem hierarquizada, dentro um contexto escolar, por meio da violência; por meio da supremacia física e corporal. 
O fato que precisa-se usar a violência e sinta-se a necessidade de criar uma ordem de poder alternativa a autoridade escolar, ao valor de referencia de valor a instituição escola, significa que reconhece-se o falimento da escola, e iminentemente da sociedade, em dois aspectos: 
1) de um lado se consideram traídas as promessas da instituição de servir para alguma coisa. Se pensa que a escola não faz o que teria que fazer: ensinar algo de útil; preparar ao futuro; formar pessoas; veicular sentido e sentimentos cívico. 
2) de outro lado sina-se a necessidade, em um mundo onde todos querem poder e valer mais do que os outros e onde, quando não se consegue ter valor então se prefere tirar valor dos outros, tanto faz, de tomar o poder imediatamente, no presente, agora. E por que isso? Simples: porque não tem futuro. Não se acredita no futuro. 

O falimento da escola, assim como de todas as outras instituições, se radicalizam dentro o jovem em termo de perda de otimismo para o futuro. E isto se traduz em violência no presente. A violência do desespero’


Mas explico melhor tudo isto na entrevista, cujo video vocês encontram lá no meu facebook Deny Alfano, na pagina do consultório de psicologia Parla con Deny e no facebook do programa radio. Pra quem quiser, vale a pena. 


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