Ter ou não ter objetivos?



Ter objetivos (ou sonhos) é importante, porem não suficiente para serem felizes. 
Quantos de vocês, por exemplo, achavam que depois de ter alcançado um determinado objetivo perseguido e almejado por tanto tempo, teriam começando a serem finalmente satisfeitos e realizados? 
Esse objetivo fantasiado poderia ser, por exemplo: casar-se ou passar um concurso; comprar um carro, uma casa, ter um salário fixo, formar-se ou ter filhos. 
E quantos de vocês depois ter alcançado esses objetivos, talvez depois de um tempo, voltaram a sentir-se como se faltasse alguma coisa, insatisfeitos sem saber porque ou sentir-se presos no dia a dia, dentro uma insignificante prepotente rotina, como se a vida que fazem-se não lhes pertencessem plenamente? 

Nesses casos, eu sempre chamo a atenção de amigos e pacientes sobre, pelo menos, dois aspectos a respeito do decidir os seus objectivos: 

1) vale muito mais a pena ponderar e escolher o percurso que tem que ser feito para chegar lá a alcança-lo do que a meta suposta: ao final nós colocamos nosso tempo, nossas esperanças, frustrações e cansaços, por uma bom tempo, no dia a dia do percurso e não na meta, cujo momento do alcance dura pouco, em si mesmo. 

2) Apesar que dar-se objetivos seja fundamental para dar um sentido ao movimento da sua própria vida, não todos os objetivos são bons … e não estou me referindo a julgamentos de valor sobre a natureza ou a respeito do conteúdo particular de “isto ou aquilo” objetivo.

Não estou julgando os objetivos específicos cada um tem uma história. Cada um tem seus significados. Cada um tem ou teria que ter seus objetivos. Mas não sempre, por que não todos os objetivos são bons; não todos absolvem suas funções. 

Quando as pessoas, por exemplo, se dão objetivos incapazes de respeitar o que nós não podemos controlar ou evitar, seja que seja o fluir do tempo, as leis divinas o a vontade e a dignidade de uma outra pessoa, qualquer outra pessoa, de fato, estão   manipulando e distorcendo a função reguladora do objetivo, transformando-o de algo de útil para nortear o nosso sentido a algo de contra-produtivo. 

Quando se escolhe um objetivo e muito importante fazer-se essa pergunta: “por que quero o que quero?” As motivações fazem a diferença. Quando as motivações são fortes,  o “como conseguir” se arranja sempre. 
E por que os objetivos podem serem errados? Por que as motivações fazem a diferença? 

Simples: basicamente porque as pessoas, todos nós, fazemos o que fazemos para ter emoções
Tudo o que fazemos na vida visa a nós deixar sentir-se em uma certa maneira. Vamos de férias para experimentar relaxamento; nós envolvemos em um projecto para sentir orgulho e satisfação; queremos conquistar uma pessoa para experimentar o amor; compramos algo para o que nós provoca possui-lo. 

A realidade é que os objectivos são nada mais do que veículos para experimentar emoções. 

Através do caminho o caminho para alcançar o objetivo vem a nossa evolução como pessoas; o caminho é o que faz a diferença, não o objectivo. 

Se a maneira com que se alcançam os objetivos não for boa ou plena, talvez por estamos perseguindo o que achamos de querer mais por influencia dos outros que por uma escolha intima, verdadeira e pessoal, depois da meta será muito provável uma queda de integridade, um sentimento de vazio e insatisfação indiferenciada e sem aparente razão. Os objetivos sano importantes para a felicidade. 
Mas a felicidade não se pode protocolar. 

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