O drama do suicidio no PcDY. O que fazer?

Suicido: é um tema ainda tabu nesta nossa sociedade caracterizada por valores de honra e de vergonha. 
Aliás, a vergonha, ou seja o fato de não sentir-se a altura de dar conta a sociedade de uma seria de expectativas, ambições, padrões mínimos de sucesso ou dignidade e, consequentemente, não aguentar o sentimento de cobrança e falimento por inadequação, não é apenas uns dos fatores pródromicos que mais influencia por trás estas ocorrências mas, também, uns dos mais complicados sentimentos que marca o luto. 

Quem sobrevive vive uma situação de isolamento social onde não consegue expressar suas emoções, aumentando a culpa de não ter sido capaz de fazer qualquer coisa ou de não ter notado antes tal sofrimento e/ou não ter feito o suficiente antes para ajudar seus queridos.

Porem tentar entender a causa do suicídio, deixa ainda mais longo e mais complicado o processo de solução e superação de tudo isto. 

O silencio e o tabu amplificam e dramatizam esta realidade. 

E de fato é uma epidemia dramática que constitui a primeira causa de morte violenta em países desenvolvidos: no Brasil é a terceira causa porque, a diferença dos outros países, aqui tem muitos mortos por acidentes de transito (primeira causa) e por homicídios (segunda causa). O Brasil está no oitavo lugar do mundo em termos de suicídios. 
Porém o sul (RS, SC e PR) no terceiro. Assustador. É uma questão de saúde publica. 
Portanto, umas das atitudes que temos que adoptar para reduzir este drama cultural do suicido é falar sobre ele; permitir que tenha a sua ativação social, seja em termos de reconhecimento prévio que em termos ajudas e redes de suporte: especialmente emocional. 

Por isto dedico o programa radio Parla con Deny desta semana e a coluna ZF ao tema. Vocês podem ver a transmissão video do PcDy no seu perfil facebook e também escuta-lo na 103 fm segunda que vem as 20.00. 
Neste programa os ouvintes e espectadores poderão conhecer o centro de valorização da vida, ONG que agora está chegando na nossa região, e as posições e realidades de instituição quais a policia civil e o CAPS de SMO, trazidas por meio das suas psicólogas.  

A minha impressão é que, por causa desta vergonha, ainda muitas pessoas ficam presas e condicionadas em algumas construções de entendimento e explicação a respeito do suicido muito preconceituosas e inexatas que só afeiam e criam empasses: portanto, infelizmente, não são úteis para preveni-los e a ajudar as pessoas depois. 
Por exemplo ainda existe o mito de associar o comportamento suicidario á transtornos mentais, á tristeza ou depressão, á coragem ou acreditar que existam sinais para reconhecer e prevenir o ato. Nada de tudo isto. 


Só para acenar rapidamente (no programa esclarece melhor), o traço fundamental básico no suicido é a impulsividade/agressividade e não a tristeza. Este traço se fortalece epi-geneticamente por causa de realidades de violência: ou seja, as pessoas que se criam e vivem contextos de violência (seja que seja apanhar, ou inactividade ou extrema competição) desenvolverão esse traço por meio da solicitação de um receptor localizado em um determinado circuito neuroendócrino. 

Ou seja, quem vive na violência desenvolve agressividade e impulsividade que são fatores a base de atos de suicídio. E o silencio, temem, é uma forma de violência. Portanto, parliamo. 

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