Tornado e inteligência política
Um dos erros que, ingenuamente, o povo costuma fazer, é achar que política seja em si mesma, conceptualmente ou intrinsecamente, inteligente: algo que os políticos gostam de deixar acreditar. Encontramos confirmação disso de um lado, por exemplo, do uso escancarado e aleatório dos termos “plano/planejamento”, “projeto” e/ou “objetivo” e, de outro, das inúmeras teorias de conspiração que, invariavelmente, acompanham as leituras dos eventos mais dramáticos ou significativos que mudam o curso do dia a dia, do Estado ou da cultura. E assim acostumamos introjetar a ideia de uma arguta transcendental paternalística inteligência atrás das locuções, como por exemplo, “plano de segurança”, “planejamento estratégico”, “projeto de desenvolvimento econômico”, “objetivo social”, etc. Inteligência, etimologicamente falando, se refere à capacidade de entrar dentro das coisas, em profundidade, ou seja, aprofundá-las e entendê-las até a essência. A inteligência política teria, portanto, que refe...