O meu amigo politico
J á quando morava na Itália, e o Brasil para mim não era mais do que um mundo distante entre os muitos do globo, de fato já tinha lido vários de livros de Paulo Coelho. De um que gostei. Os restos por nada. Me pareciam um blefe. Perguntava-me como era possível gostar (e comprar) de alguém falando exclusivamente de si mesmo, simplesmente descrevendo o que estava fazendo no dia a dia ou fez no seu passado, acompanhando-o com o fluxo de seus pensamentos. Claro, o sabia fazer bem. Escrita fluida, rápida, cativante. Mas de fato um simples exercício retórico de matriz mística. Um registro estilístico arranjado para deixar a sensação do prazer da beleza mas sem a oblação da substância. Em palavras simples, escrevia muito bem, mas sem dizer nada. Uma escrita mais arranjada para cativar do ponto de vista emocional, criar laços pessoais com o leitor e assim vender (se). Ausentes injustificados a profundidade de conteúdo e originalidade das ideias, ou seja, a arte da literatura. Ao final das ...