FILHOS E DROGA
DROGA NO PARLA: Este ultimo programa Parla con Deny abordou a questão da droga na nossa região seja de um ponto de vista criminal seja para o quer tem a ver os comportamentos de consumo dos jovens (e menos jovens) e as questões familiares envolvidas. O que fazer e como lidar com esse fenômeno sempre mais crescente e descontrolado. Convido escutar o programa que se encontra no site da WH COMUNICAÇÃO, na pagina do Parla con Deny e no facebook do programa.
No entanto vamos esclarecer alguns pontos correlacionados com as drogas.
A MACONHA É BOA: São comuns os infinitos e desgastantes debates (para não dizer brigas) especialmente entre pais e filhos a respeito do valor intrínseco da maconha: se é tão perigosa assim; se é pior ou não do que o álcool e outras drogas; se é demonizada injustamente; se tem fins curativos; etc.
Bom gente, a questão não é ideológica; a questão é pratica e de sistema.
A partir do momento em que a maconha é ilegal, justo ou não que seja, se gera todo um universo de praticas por trás que levam famílias e crianças a serem exploradas e matadas, a perder a vida ou viver em condições ainda piores do que a morte; se alimentam subornos, propinas, corrupção, jogos de poderes sujos e coniventes; se cria dinheiro ilícito que irá financiar outros esquemas ilícitos; se sustenta um mercado da morte por meio de alterações sem escrupuloso da qualidade dos produtos por fins lucrativos. E assim por diante.
Cada um, com a sua vida, pode fazer o que quiser. Mas cada vez que qualquer um fuma um baseado; está-se prejudicando irreversivelmente a vida de muitas pessoas frágeis e contaminando todo o sistema de convívio social. Mesmo que seja despenalizada, quem fuma maconha alimenta o império do crime, matando o futuro de muitos e do sentido civil.
A MACONHA LEVA AS DROGAS PESADAS: não é bem assim. Este “vicio de raciocínio” de achar que seja a maconha a porta de entrada para outras drogas é mais uma crença popularmente espalhada do que um dato de fato. Lembro que por crença se entende uma verdade sem provas; construída e enraizada a partir de auto convencimentos socialmente fortalecidos.
Mas enfim, não é a maconha a porta de entrada para as drogas. Quando uma pessoa começa fumar maconha, de fato está já dentro as drogas.
A porta de entrada para as drogas, leves e pesadas, é uma outra droga, porem socialmente liberada: o ÁLCOOL.
De fato o álcool é o que permite de maneira super acessível o baixar-se das inibições e uma vez que as inibições estejam baixadas, as pessoas tem mais facilidades em permitir-se, soltar-se e experimentar novidades e transgressões, autorizando-se a deixar sair o que tem dentro, nem que seja raiva, frustração, dor, curiosidade ou desejos.
Eu costumo dizer que droga, poder e dinheiro não mudam as pessoas: simplesmente deixam elas sair assim como elas são sem os freios das inibições.
E muitas vezes, especialmente quando não se recorre a um espaço de elaboração como pode ser um momento com um psicólogo, se acumulam sofrimentos ou impasse que explodem quando as inibições deixam de agir.
DROGA E MERCADO: a grande questão de quais são as drogas licitas ou ilícitas nada é mais do que uma briga comercial. Quem tem direito de comercial as drogas? Industrias, Estados, oligarquias, pessoas?
Pior do que a maconha é o cigarro; pior do que a cocaína é o álcool; pior do que a heroína, o extasie, etc., é o Rivotril e são, em geral, muitos remédios. E aí? A guerra cultural nas mentes das pessoas vem de uma guerra comercial para quem tem direito de comercial, controlar e lucrar deste mercado.
Essas palavras não querem ideologizar as drogas. Nem sequer incentivar a ilegalidade. Mas a conscientizar a respeito de uma visão mais amplia e mais ciente de qual é a realidade para que pudermos tornarmos mais responsáveis nos comportamentos.
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