Ser um casal e superar as crises

Quando podemos falar que um casal é, de fato, um casal de verdade? Ou quando se trata apenas de duas pessoas próximas? Que características básicas tem que ter um casal? Eu sempre argumento que um casal è formado das três componentes diferentes e distintos. Cada uma apresenta direitos, obrigações e regras particulares:  ela, ele e a relação de casal mesmo.  

Para falar de casal são indispensáveis e fundamentais pelo menos duas condições:
  • Tem que haver uma ligação/uma conexão emocional entre as duas pessoas e
  • Tem que ter um projeto conjunto e compartilhado em que as duas pessoas investem
Com certeza existem outros fatores importantes que são características de um casal, como a proximidade física, a sexualidade, a administração económica, etc.; mas eu acho não são fundamentais porque as vezes os casais passam fases em que essas condições vão e voltam sem sem que quebrem a identidade de casal.  

O casal é algo mais e algo maior do que a simples soma de dois indivíduos: ao contrário, é um lugar de encontro para as diferenças de vários tipos.
É uma terceira realidade e é, por sua vez, capaz de influenciar as motivações e relações.
Além disso, o casal não é algo fixo e imutável, mas muda ao longo do tempo: por exemplo muda, ao longo que continua o conhecimento e a participação dos dois parceiros; também os sentimentos de estar apaixonados podem evoluir para algo mais profundo (ou menos). Ser apaixonados è diferente de amar. 

Neste ponto, a relação entre os dois parceiros será mais estável, mas as emoções intensas do começo podem desaparecer. Além disso, um casal estável e duradouro pode passar durante a sua existência vários eventos que mudarão ambos os parceiros, independentemente de seu relacionamento. De fato um casal tem que lidar com três mudanças diferentes, uma para cada protagonista: ele, ela e o casal mesmo. 

Ter um sucesso continuativo nesse trabalho de coordenação è um desafio bem complicado: uma grande dificuldade para que as pessoas tem que também se perdoar por os próprios limites, as próprias dificuldades e o próprio cansaço. 

Às vezes, porém, as mudanças podem estar relacionadas, principalmente, a um dos parceiros, ou ambos, mas podem não ir na mesma direção. Assim, em geral, antes de prosseguir com uma psico-terapia de casal, deveria-se começar com uma psico-terapia individual: isso especialmente quando os problemas conjugais surgem das graves problemas individuais (por exemplo, distúrbios de humor).

Quando em vez o problema do par é apresentado por duas pessoas bem estruturadas psicologicamente, que são capazes de reconhecer seus próprios estados e as emoções dos outros, ou quando o problema está concentrado quase totalmente em uma dinâmica sexual, a terapia de casal  pode ser muito mais eficaz.

A psic-oterapia de casal é algo bem diferente de terapia de família, de grupo e individual e é particularmente aconselhável quando há dificuldades de diálogo, quando não há acordo sobre a educação dos filhos, quando ocorreu uma traição, quando os problemas do casal podem ter efeitos prejudiciais sobre as crianças.


Deve-se notar, porém, que a terapia de casal não pretende manter o casal junto de qualquer maneira, mas o sei objectivo è deixar entender e reconhecer o que é a melhor situação para o casal ou a família. E além disso, é geralmente curta, porque quando um casal não tem sérios problemas subjacentes, tende a resolver os seus problemas em breve; e ao contrário quando o casal não  existe mais, então os dois geralmente interrompem a terapia, e provavelmente irão logo se separar (que não é pior do que viver infelizes para sempre). 

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