Além do câncer - O sorriso de Elisa
“Não. Hoje não. Hoje
tem formatura. Não posso não ir. Não quero. Hoje quero viver”.
Assim reagiu Elisa Cristina Fritzen, jovem mulher de 30
anos, quando o médico, com olhar baixo e voz débil, comunicou para ela que
tinha que começar imediatamente, bem naquele mesmo momento, a quimioterapia,
senão não teria garantido mais do que um ano de vida.
“Como assim? Mais uma
vez? O calvário não terminou quando, por um câncer, removeram meu útero em
2012, tirando-me o sonho de me tornar mãe?”
Mas essa vez não. O câncer não teria acuado ela. Elisa tinha
amigos a esperando. Tinha pintado o lindo cabelo frondoso para chacoalhá-lo ao
vento e ao ritmo da música. Queria dançar. Queria usar aquela camiseta que
estava de olho faz tempo na loja em que trabalhava como vendedora e que,
finalmente, tinha conseguido comprar. Amarela. A sua cor preferida. A que
combina e destaca os seus grandes olhos claros, brilhantes e felizes como um
dia de verão.
Elisa, bem naquele instante, se deu conta que não era o ser
frágil que achava ser por causa do tamanho minuto e delicado, ou por causa das
origens simples e não endinheiradas.
Como se a tradição da força de todos os emigrantes alemos e
italianos, que vieram para cá, desbravando terras e dificuldades para sobreviver
de maneira digna e batalhadora, tivesse reemergindo de dentro o profundo dela
para sustenta-la, sentiu que não teria se entregada aquele veredito.
Aquela sentença terminal não podia derrotar a esperança nem
sequer ser mais forte que um sorriso. E Elisa abriu os olhos: de maneira muito
quântica, notou que ficando triste o seu corpo reagia de maneira pior às
quimioterapias, com mais dor, com prazos de recuperação maiores, deixando-a
completamente abalada até o ponto de nem puder comer, levantar-se e abrir os
olhos ardentes.
Mas nos momentos em que conseguia escutar o seu coração rir,
de felicidade mesmo, pela possibilidade de doar um sorriso, oferecer uma chance
aos outros de ser escutados, de transmitir que o pior mal de todos não é a
morte, mas não conseguir viver valorizando a vida, o tempo, os outros, então o
mesmo câncer pausava de ser tão feroz. E decidiu sorrir. Para ela, para os outros;
para a vida.
Elisa se tornou logo uma referência para muitos, surpresos e
admirados, fascinados e perturbados, pela positividade dela. A sua história se
espalhou pela mídia, saiu no site do combate ao câncer e no jornal O Líder,
etc. Como consegue doar tantos sorrisos e forças sabendo que poderia morrer em
qualquer momento daqui a um ano? Como escutar qualquer pessoa, olhando-os nos
olhos e devolvendo palavras tão profundas e intensas, mesmo permanecendo leves?
A sua história e a sua filosofia valem a pena ser escutadas. E vocês podem!
Escutando a gravação do programa Parla com Deny, no site da rádio 103 FM, no
meu Facebook ou Canal Youtube Parla con Deny, onde ela se contou sem filtros: porque somente quem sabe abraçar
a morte pode olhar a vida nos olhos, conferindo o valor que merece.
O que resiste e não se entrega é esperança. Fê na vida.
Aquela mesma vida que nós queremos para ela e que ela quer para todos.
Ela está fazendo a parte dela. Que tal nós fazer a nossa?
Por isso, se quiserem, participem de " O Sorriso de
Elisa", fazendo as suas doações aqui:
Agencia 0702; op 013; CONTA: 95160-7; Caixa Econômica.
Nome: ELISA CRSITINA FRITZEN - Cpf:
057.381.769-36
A conta é transparente: todas as movimentações serão
publicadas no Facebook. O dinheiro será usado para ir em busca de curas que nem
entram no Brasil, realizar um sonho e continuar difundindo a sua força e o seu
sorriso. Também é previsto um livro: "O coração sorrindo" (título
provisório). Não é piedade. Não é sentimento de culpa. E mesmo amor; e o amor é
a cura mais poderosa. Vale a pena acreditar. E eu acredito em quem acredita.
“Hoje não. Mais um tempo”.
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