A Arte de mudar - Ciao Folha do Oeste
Mudança: quantas vezes estamos perante
esta palavra em nossas vidas pessoais e profissionais? Quantas vezes adiamos ao
infinito as escolhas porque nunca sentimo-nos completamente prontos? Quantas
vezes a vida nos surpreende mudando apesar da nossa vontade e programas?
Quantos de nós vivem tentando resistir à mudança? Entregar-se a ilusão de derrotar
o tempo que passa. Parar o curso dos eventos, controlando os outros ou
retirando-se em si mesmos? E por que? Para proteger o próprio ego ou se sentir
seguros, reduzindo a dor?
Mas a verdade é que a mudança é
inevitável. A vida de todos é feita antes de tudo de mudanças. De perto, a vida
diária é um conjunto de processos, que consiste em pensamentos, imaginação,
palavras e ações. Esses processos são desenvolvidos em uma constante mudança.
Cada processo traz consigo mudanças que pela maioria das vezes permanecem sob o
nosso limite de percepção.
Normalmente nos reconhecemo-nos
mudados apenas quando um processo chega a maturação e mostra seus frutos visíveis;
deste modo, por exemplo, o viso enrugado nos mostra, um dia, a passagem do
tempo.
Outras vezes vemos esses processos
quando os eventos inesperados estouram nas nossas vidas, aparentemente, de uma
forma inexplicável. O rompimento de um relacionamento, uma demissão ou uma
doença súbita destacam dolorosamente muitos fios deslindados. A nossa mudança,
substancialmente, interdepende também da dos outros. A física quântica e a
psicologia o explicam bem.
Por isso, pessoalmente, acredito que a
mudança deve ser abordada escolhendo-a, em vez de sofrê-la. Quando mudar,
então? E por quê? Eu divido as razões á mudança em duas categorias. Aqueles de in-put
e as de out-put. As primeiras são aquelas que levam a mudar, a fim de alcançar
um estado melhor do que naquele momento: uma casa melhor, uma carreira mais
gratificante, um relacionamento mais feliz, etc. As outras são as que empurram
para mudar para sair de uma situação intolerável: bairro agora inabitável,
ambiente de trabalho insuportável, relacionamento infeliz, etc
Que acontece por umas ou outras, o que
importa é que a mudança não deve ser vista e vivida como algo excepcional mas
continua, de outra forma a energia gastada para lidar com ela pode reduzir a
saúde ao invés de promovê-la.
Às vezes é preciso mudar só porque
está na hora.
Comecei a escrever na FdO, em ocasião
de uma mudança dele: gráfica e editorial. Foi uma experiência muito emocionante
e uma colaboração maravilhosa que levou, em poucos meses, o jornal a ficar
entre os melhores do Estado e para me, pessoalmente, o primeiro prêmio como
melhor coluna de SC e o diálogo com os leitores.
Hoje estamos na beira de outra
mudança. A FDO faz mais um passo em direção a um novo caminho, com um novo
projeto do que tomará conhecimento proximamente. Assim, chegou, até mesmo para
mim, o tempo para outra mudança. Vou continuar a escrever e amar as pessoas com
quem trabalhei. Por que a "mudar" não é "deixar" e "deixar" não é "perder", quando
as pessoas têm coração.
Arrivederci alla prossima.
To be continued ...
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